A ADUFC-Sindicato convida professoras e professores a participar do ato na próxima quinta-feira (11), em Fortaleza, em defesa da democracia, do sistema eleitoral brasileiro e por eleições livres. A agenda integra a programação nacional, com manifestações por todo o país, para garantir eleições democráticas e protestar contra o discurso golpista de Jair Bolsonaro. Serão dois atos na capital cearense: um a partir das 9h, na Praça da Bandeira (Centro), e ato cultural na Praça da Gentilândia, às 16h.
Com rejeição elevada e cenário que aponta para a derrota nas eleições, o presidente da República tem ameaçado as instituições democráticas brasileiras, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e levantado dúvidas sobre as urnas eletrônicas, comprovadamente seguras. “Ocuparemos as ruas mais uma vez para reafirmar que não aceitaremos golpe nas eleições do Brasil. Bolsonaro está desesperado, porque sabe que a derrota se aproxima. Diremos não a esse governo da morte nas ruas e nas urnas”, destaca o presidente da ADUFC, Prof. Bruno Rocha, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC.
Além da ADUFC, compõem a organização dos atos Frente Brasil Popular Ceará, Frente Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE), União Estudantil de Fortaleza (Unefort), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
O cenário atual tem aproximado movimentos sociais e entidades que defendem a democracia em torno de uma unidade para enfrentar um governo que ameaça abertamente a democracia e incita a violência. “Não é o momento de dúvidas, de ambiguidade, de divisão dos trabalhadores, pois o que está em jogo é nossa sobrevivência, inclusive física. Nunca assistimos, desde o restabelecimento da democracia no Brasil, a uma situação tão preocupante”. É o que diz o manifesto divulgado no dia 27 de julho pelas comunidades acadêmicas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).
Outras capitais também vão aderir à mobilização nacional pela democracia, com atos já confirmados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Recife. O anúncio da tentativa de golpe tem gerado uma reação de diferentes setores da sociedade civil, como a carta em defesa da democracia, da Faculdade de Direito da USP, que já reuniu mais de 700 mil assinaturas. Iniciativas como essa têm sido recebidas com críticas por Jair Bolsonaro, que chegou a chamar os os signatários do texto de “cara de pau” e “sem caráter”.
Sindicato se une a entidades da educação em semana pela democracia
A ADUFC também está construindo, juntamente com outras entidades do setor da educação, a “Semana da Educação pela Democracia: em defesa da universidade pública e da carreira docente”, que ocorre de 22 a 26 de agosto. A agenda será uma semana de paralisação nas três universidades federais cearenses (UFC, UFCA e UNILAB), aprovada em Assembleia Geral do sindicato. No centro das reivindicações, estão os cortes do governo Bolsonaro na educação, que impactam profundamente as universidades federais; a privatização das universidades públicas; a luta por recomposição salarial dos professores; as denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC), dentre outras.
Uma das atividades da semana de paralisação será o ato Educação em Defesa da Democracia, que ocorre no dia 25/8, às 14h, na Praça do Ferreira, em Fortaleza. A proposta é abrir diálogo com a sociedade cearense sobre as condições enfrentadas hoje nas universidades públicas. Será um dia de ocupação da praça, com stands para divulgar iniciativas e projetos desenvolvidos das universidades cearenses.