(Foto: Eline Luz / Imprensa ANDES-SN)
A abertura do 67º Conad, na noite da última quinta-feira (25), foi marcada pelo lançamento da campanha “Sou Docente Antirracista”, do ANDES-SN. O evento segue até domingo (28), no Cefet-MG, em Belo Horizonte, contando com a delegação da ADUFC. A campanha tem por objetivo conscientizar as comunidades das universidades públicas, institutos federais e cefets sobre a necessidade da luta antirracista e sobre o combate ao racismo nessas instituições de ensino. A iniciativa é uma deliberação do 42º Congresso do ANDES-SN, que ocorreu no início deste ano em Fortaleza, sediado pela ADUFC.
O lançamento também celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, lembrados ontem, 25 de julho. Uma das ações da campanha foi o lançamento da edição 74 da Revista Universidade e Sociedade. Com o tema “A urgência da luta antirracista nas universidades, institutos federais e cefets”, a publicação estimula a investigação e o debate de temas relacionados ao enfrentamento do racismo. A comissão responsável pela edição ressaltou a relevância do tema para o Sindicato Nacional e para a construção de ações para uma educação antirracista, além de reafirmar a importância da revista como instrumento de luta do ANDES-SN no combate ao racismo.
A Profª. Letícia Nascimento, 2ª vice-presidenta da Regional Nordeste 1 e da coordenação do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual, enfatizou a importância do lançamento durante o Julho das Pretas. “É fundamental marcarmos essa data exatamente por conta dessa intersecção, de estar num lugar de vulnerabilidade enquanto mulher, enquanto pessoa negra. E o Julho das Pretas vem para chamar a atenção para esse fator interseccional de opressão. E o ANDES Sindicato Nacional, historicamente, tem marcado presença na luta antirracista”, afirmou.
A campanha prevê a publicação de livros de intelectuais negros e negras, em parceria com a editora Expressão Popular. “Precisamos fazer a disputa dessa concepção de universidade para que se divulgue o trabalho desses intelectuais, que foram marginalizados nas nossas instituições de ensino. Também vamos produzir materiais formativos, informativos, atualizar a Cartilha de Combate ao Racismo. Vamos, desde o Conad Extraordinário até o próximo Congresso, apresentar para a categoria os materiais e solicitar que as seções sindicais os reproduzam e divulguem”, destacou Letícia. Também será produzida a segunda edição do documentário “Narrativas docentes: negros e negras do ANDES-SN”.