Docentes, estudantes e TAEs avaliaram a greve e indicaram os desafios para os próximos meses (Fotos: Nah Jereissati/ADUFC)
A ADUFC participou, na última quarta-feira (17), das mesas de debate promovidas pelas coordenações dos cursos diurno e noturno de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará (UFC) sobre a Greve da Educação Federal. A atividade ocorreu nos dois turnos – de manhã e à noite – para contemplar os diferentes públicos da graduação e buscou aprofundar análises e fortalecer a mobilização da Educação na atual conjuntura política. O evento ocorreu no Auditório da FACED e reuniu professoras e professores, servidores/as técnicos/as e estudantes.
A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, fez um breve histórico sobre a campanha salarial 2024, que resultou na deflagração da greve. “O que nos levou à greve foi a inflexibilidade do governo nas negociações”, disse. Entre as conquistas da mobilização, ela citou a criação do Fórum Cearense em Defesa da Educação Federal, que uniu docentes, técnico-administrativos e estudantes. “É uma perspectiva de continuar lutando pela educação pública, pela universidade pública, até porque nossas pautas só foram parcialmente atendidas”, reforçou. “Se queremos avançar, o único caminho é a luta”, concluiu.
Representando a Regional Nordeste 1 do ANDES-SN, a Profª. Maria do Céu de Lima fez uma avaliação dos ganhos da greve e dos desafios que persistem. “Uma das questões que nos preocupam é a situação dos aposentados. Muitos professores jovens já estão preocupados de não conseguirem se aposentar”, destacou, atentando para as últimas reformas previdenciárias, que retrocederam nos direitos trabalhistas. Também reforçou que a Greve da Educação foi resultado da decisão coletiva da categoria. “No ANDES-SN, nós fazemos greve a partir da decisão da base”, apontou.
Entre as falas da plateia, a Profª. Heulalia Rafante, diretora da Faculdade de Educação (FACED/UFC), agradeceu a todas e todos que se empenharam na luta em defesa da educação, do ensino superior e de melhores condições para as universidades públicas. “Foram muitos desafios e desrespeitos (vivenciados pelo movimento grevista), mas também muita resistência da nossa categoria”, atestou.
Também compuseram as mesas a Profª. Sâmbara Paula (UECE), 1ª tesoureira da Regional Nordeste I do ANDES-SN; Elaine Teixeira, técnico-administrativa da UFC; e os estudantes do curso de Pedagogia da UFC Gabriella Carvalho e Gabriel Rodrigues.
