A ADUFC se soma ao coro de resistência e repúdio à concessão do título de cidadão fortalezense, pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), no dia 12 deste mês, a Jair Bolsonaro, o pior e mais cruel presidente da República que o Brasil já elegeu. A decisão do Legislativo municipal não só envergonha o povo da capital cearense como vai na contramão da movimentação política nacional, que, em outubro, disse não à política da morte dos últimos quatro anos, sendo quase três deles em meio a uma pandemia de Covid-19 que deixou centenas de milhares de pessoas mortas. O Sindicato também vem a público prestar solidariedade e oferecer todo o apoio ao presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), Rafael Mesquita, alvo de ataques bolsonaristas nos últimos dias por se manifestar publicamente contra a honraria concedida pela CMFor.
“É ultrajante que Bolsonaro seja homenageado na capital do nosso estado, considerando sua posição como o maior violador dos direitos dos jornalistas no país. De 2019 a 2022, foram registrados 570 ataques a veículos de comunicação e jornalistas, média de 142,5 agressões por ano, evidenciando uma ameaça constante à liberdade de imprensa”, declarou o jornalista em seu perfil nas redes sociais. “Após o Sindicato (…) expressar veementemente o repúdio a essa decisão lamentável, tornei-me alvo de ataques pessoais. Tentam, neste momento, silenciar-me inundando as redes sociais com ataques direcionados às minhas contas e às do Sindjorce”, acrescentou.
Vale destacar que Fortaleza foi uma cidade de resistência durante os quatro anos de gestão de Bolsonaro, realizando uma série de atos e manifestações contra o ex-presidente e em defesa de vacina para todos; recursos para educação e saúde; e assistência para combater a carestia. Ao lado da comunidade universitária, a ADUFC esteve nas ruas e nas lutas contra o autoritarismo do último governo federal e denunciando os cortes e sucateamento da educação superior pública, bem como a intervenção bolsonarista na Universidade Federal do Ceará (UFC), que buscou perseguir e cercear a prática sindical.
Também merece lembrança o fato de que a maioria dos eleitores e eleitoras fortalezenses disse não a um segundo mandato de Jair Bolsonaro por ser contra uma política que ataca os direitos sociais e humanos mais básicos. Fortaleza é terra de resistência, cultura, produção de ciência e conhecimentos e solidariedade! Seguiremos firmes na defesa inegociável da democracia para combater não apenas o político Bolsonaro, mas, sobretudo, o fenômeno do bolsonarismo, que persiste ainda nos tempos atuais.