A reunião ocorre na sede da ADUFC em Fortaleza, na última quinta-feira (17)
O Conselho de Representantes da ADUFC chancelou, em reunião na noite de quinta-feira (17), o parecer do Conselho Fiscal que recomenda a aprovação das contas da entidade no período de janeiro a maio deste ano (biênio 2021-2023), bem como o plano orçamentário do Sindicato que vai de agosto de 2023 a maio de 2024. O colegiado também definiu a nova composição do Conselho Fiscal, que vai atuar no biênio 2023-2025. Todas as pautas foram acolhidas por unanimidade. Também foi encaminhada uma série de ações visando à intensificação da mobilização da ADUFC na campanha salarial dos/as servidores/as públicos/as federais.
Representando o Conselho Fiscal, a Profª. Kelly Menezes, do Deptº. de Fundamentos da Educação (FACED/UFC), apresentou o parecer das contas da ADUFC e destacou as principais considerações. A prestação de contas foi analisada de acordo com demonstrativos financeiros, balancetes contábeis e extratos de contas, elaborados pelos contadores da empresa responsável pela contabilidade do sindicato. O texto indica aumento de despesas no referido período, mas pondera que a época coincide com as datas das eleições para a Diretoria da ADUFC, que tiveram um custo considerável pelo uso das urnas eletrônicas, nos diversos locais de trabalho, com a assistência de mesários. Muitos dos gastos também foram justificados pelas próprias ações sindicais em defesa da categoria docente, destaca o parecer.
“Quem acompanhou de perto a gestão da ADUFC, no período de junho/2021 a maio/2023, pode concluir que houve uma intensa e combativa atuação do que se espera de um sindicato: proatividade nos setores de articulação política intersindical (exemplo: defesa da categoria contra a PEC 32), incentivo cultural ao corpo acadêmico, formação política dos filiados, contribuição na geração de políticas governamentais de cunho democrático e humanístico, luta em defesa dos direitos trabalhistas dos filiados e respeito às divergências de opinião dos seus sindicalizados”, ressalta o documento. Para ampliar a receita do sindicato, o colegiado sugeriu medidas como campanha ampliada de filiação nas três universidades (UFC, UNILAB e UFCA), com ações que atraiam aposentados e docentes novos e ressaltem os benefícios da filiação à ADUFC.
Em relação à previsão orçamentária da atual gestão, a presidenta Irenísia Oliveira apresentou o planejamento de gastos para o período entre agosto de 2023 e maio de 2024, detalhando despesas ordinárias, como pessoal, apoios e manutenção das sedes; e extraordinárias, como realização de eventos, produção da agenda da ADUFC e presente do Dia do Professor. A proposta foi aprovada por todos os presentes, bem como a definição dos integrantes do Conselho Fiscal para o biênio 2023-2025: Prof. Bruno Rocha (presidente), do Deptº. de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC, Irani Matos (Centro de Ciências/UFC), Claudicélio Rodrigues (Deptº. de Literatura/UFC), Paulo Carvalho (Centro de Tecnologia/UFC) e Vanessa Jakimiu (Deptº. Teoria e Prática do Ensino/FACED-UFC). Já as professoras Nirla Romero (FFOE/UFC), Tânia Batista (aposentada) e Kelly Menezes (FACED/UFC) ficaram na suplência.
Campanha salarial: mobilização deve ser intensificada
Também foi aprovada por conselheiros/as uma agenda de mobilizações da ADUFC para reforçar a Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais. São encaminhamentos da reunião de ontem (17) a adesão à proposta de 39,92% parcelada em três anos; aumentar a presença visual da campanha salarial (mais material e envio de vídeo a ser exibido nas reuniões de departamento, por exemplo); ampliar a presença da ADUFC nas agendas nacionais do ANDES-SN em Brasília; incluir a reforma administrativa no âmbito da campanha salarial; e promover mesas e debates sobre o tema.
A Profª. Irenísia Oliveira fez uma explanação sobre as negociações das categorias junto ao governo na Mesa Nacional de Negociação Permanente, lembrando que não houve avanços importantes até o momento. As entidades sindicais reivindicam o reajuste salarial por grupos. São dois blocos de servidores – o que inclui docentes federais pede um índice de 39,92% parcelado em três anos (2024, 2025 e 2026) mais a inflação corrente. “É uma demonstração de trégua e boa vontade com o governo apresentar uma proposta razoável e já prevendo o parcelamento em três anos”, avalia a presidenta da ADUFC.
A Profª. Kamila Bossato (Curso de Jornalismo/UFC) defendeu a continuidade da pressão junto ao Planalto e lembrou que o governo aguarda, para dar seguimento às negociações, pela aprovação do Arcabouço Fiscal no Congresso Nacional – o novo teto de gastos, que deve substituir a Emenda Constitucional 95 – e pela reforma tributária. A Profª. Helena Martins (Curso de Publicidade e Propaganda/UFC), por sua vez, reforçou que outras pautas também precisam ser enfrentadas com prioridade, como o arquivamento definitivo da PEC 32/2020, da contrarreforma administrativa. Apesar de nunca ter sido levado ao plenário, o texto segue como ameaça diante da possibilidade de ser reaberto.
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