Professoras do Grupo de Bordado da ADUFC em visita à casa-museu de Nice e Estrigas
A ADUFC apoiou, com transporte e organização do passeio, uma visita de professoras filiadas que integram o grupo de Bordado do Sindicato, no último sábado (29), ao Minimuseu Firmeza, espaço cultural, artístico e ecológico fundado em 1969 pelos artistas plásticos Nice (1921-2013) e Nilo Firmeza (1919-2014), o Estrigas. O local é considerado um dos principais acervos de artes plásticas do Ceará e apresenta um panorama das diversas manifestações da arte cearense, composto de pinturas e esculturas, originais e reproduções, além das obras do ilustre casal de artistas. O trabalho artístico de Nice e Estrigas foi tema da Agenda da ADUFC do ano de 2015, com curadoria do Prof. Gilmar de Carvalho (1949-2021), um dos mais importantes pesquisadores da cultura popular do país e conhecedor íntimo do cotidiano simples e precioso do casal.
O minimuseu é sediado na própria residência de Nice e Estrigas, a casa-museu, localizada no Mondubim, em Fortaleza. O espaço é cercado por mangueiras, roseiras e diferentes plantas. “Quando estava viva, Nice reunia mulheres da comunidade para bordar. A marca dela é muito especial, a forma como ela bordava, a alegria, as cores, as flores. Depois do falecimento dela, um grupo de mulheres começou a se reunir no local para manter esse legado de bordar”, conta a Prof. Gema Galgani, que participou da visita à casa-museu. Ela é docente aposentada do Departamento de Estudos Interdisciplinares (CCA/UFC) e integrante do grupo de Bordado da ADUFC.
Espaço é aberto para visitação guiada
Composto por mais de 500 obras, entre pinturas, desenhos e esculturas, o acervo do Minimuseu Firmeza é constituído por nomes como Mário Baratta, Antônio Bandeira, Raimundo Cela, Aldemir Martins, Barrica, Chico da Silva, Delfino, o suíço Jean Pierre Chabloz, Zenon Barreto, dentre outros. Conduzida pela historiadora Paula Machado, a visitação, individual ou de grupo, está disponível mediante agendamento pelo telefone (85) 99959-2786. Na visita, são apresentadas as salas de exposições, os detalhes da residência, como o quarto do casal, o jardim e o seu mais famoso morador: um baobá cinquentenário plantado por Estrigas a partir de uma muda residente do Passeio Público/Praça dos Mártires. A casa-museu conta hoje com apoio do Sesc para a sua manutenção.
Para celebrar a vida e a obra do casal Firmeza, a Diretoria da ADUFC escreveu, na ocasião do lançamento da Agenda do Sindicato de 2015: “Resistir, no sentido de mover-se em busca de uma vida que não se dobra, diz muito do que foram Estrigas e Nice para a cidade de Fortaleza. Resistência artística de muro baixo, portas sempre abertas, pinceladas na mais justa sintonia com o jardim, a natureza, a cozinha, o bordado… Abrir passagem para a obra dos dois é afirmar o nosso entendimento de que é preciso resistir e também criar. Resistir é criar”.