Servidoras e servidores públicos federais deram início à Campanha Salarial 2024 e aprovaram deliberações para apresentar à Mesa Nacional de Negociação Permanente, cuja primeira reunião oficial será na terça-feira (11). As propostas levam em conta perdas salariais a partir de 2010 e são divididas em dois blocos: para o primeiro, que se refere à parcela do funcionalismo com acordo de 2015 e reajustes parcelados em 2016 e 2017, o índice solicitado é de 53%; para o segundo grupo, do qual a categoria docente faz parte, é reivindicado o percentual de 40%, contemplando servidores que firmaram acordo em 2015 com parcelas a serem pagas nos quatro anos subsequentes. Os encaminhamentos foram aprovados no último dia 30 de junho, em reunião articulada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
Também constam na pauta de demandas a equiparação dos benefícios e auxílios entre os poderes; a abertura imediata das mesas setoriais (reestruturação de carreiras); e o revogaço das medidas que atacam os serviços públicos e direitos da classe trabalhadora. O tema será debatido pela diretoria do ANDES-SN junto à sua base nos estados no próximo Conad, que ocorrerá de 14 e 16 de julho, em Campina Grande/PB. A ADUFC estará representada em delegação para participar do encontro, ocasião também em que será empossada a nova Diretoria do Sindicato Nacional para o biênio 2023-2025.
O ANDES-SN ressalta a importância da mobilização nacional e da luta unificada pela recomposição salarial, a exemplo do que ocorreu na campanha salarial deste ano, com articulação liderada conjuntamente por Fonasefe e Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado). Professoras e professores da ADUFC estiveram presentes, de forma ativa, na jornada de lutas que resultou na assinatura do acordo com o governo em março último, após quatro anos sem negociação com o Palácio do Planalto e seis anos com remunerações congeladas. Apesar de o índice assegurado pelo governo, de 9%, ser bem inferior à demanda real, marca a reabertura de diálogo entre servidores e Executivo, bem como ratifica a importância da mobilização unitária nas vitórias coletivas.