Um dos pesquisadores mais respeitados do país e reconhecido internacionalmente, o professor Sérgio Mascarenhas, reuniu-se nesta quarta-feira (19), por meio de videoconferência, com o presidente da Adufc-Sindicato e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Ciência, Tecnologia e Inovação do PROIFES-Federação, professor Enio Pontes, e com o presidente da Adufepe e integrante do GT de C&T, professor Edeson Siqueira.
O professor Sérgio Mascarenhas, por sua larga experiência e credibilidade, foi convidado pelo coordenador do GT de C&T, professor Enio Pontes, a contribuir com uma proposta para defender a educação pública no Brasil.
Educação privatizada
Para o professor Mascarenhas, a educação está sendo “privatizada e o Brasil está perdendo o comando do modelo do Anísio Teixeira e do Paulo Freire”. Para ele, as multinacionais da educação estão “tomando conta” do setor. O professor Mascarenhas ensina que falar em Ciência, Tecnologia e Inovação, deixando de lado a educação é “um grave erro”.
Sair do “vale da morte”
A avaliação da atual situação do país é pessimista. Sérgio Mascarenhas afirmou que é preciso “sair do vale da morte”. A proposta do professor Sérgio Mascarenhas é que as entidades fortaleçam a Sociedade Brasileira Para o Progreso da Ciência – SBPC para que a entidade, juntamente com outras entidades, promovam um movimento em defesa da educação e da ciência no Congresso Nacional.
Municipalização
Mascarenhas também propôs uma espécie de “municipalização” da SBPC. Segundo ele, a atuação da entidade é apenas regional, ficando nas capitais e não chega aos municípios. O coordenador do GT de C&T do PROIFES, professor Enio Pontes, lembrou que o Sindicato desenvolve uma parceria com a SBPC e com o município de Sobral, no Ceará, que tem objetivo divulgar o aniversário de 100 anos do eclipse solar que ajudou a confirmar a Teoria da Relatividade, postulada pelo Físico Alemão, Albert Einstein, em 1919.
Ao se despedir, o professor Sérgio Mascarenhas reafirmou a disposição de colaborar com os debates e a proposição de ideias para alimentar as atividades do GT de C&T do PROIFES e mais uma vez ressaltou a importância de investir na educação básica, que de acordo com ele, terá reflexos para as futuras gerações. “Nós precisamos pensar na criança brasileira, de dois a seis anos. Se não pensarmos, estaremos fora do foco. Essa criança, será o adulto portadora de uma política de estado para a educação”, concluiu.