O ANDES-SN encerrou, no último domingo (13/11), o 14º Conad Extraordinário, em Brasília, que teve como tema “CSP- Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central”. A ADUFC-Sindicato marcou presença na comitiva do Ceará, representada pelo presidente da entidade, Prof. Bruno Rocha, e o diretor de Relações Intersindicais, Prof. André Ferreira. Após dois dias de debates, os/as participantes deliberaram por encaminhar a desfiliação da CSP-Conlutas ao 41º Congresso do Sindicato Nacional.
“Para unificar a luta com horizonte na reconstrução de nossas carreiras, na defesa da educação pública e para defender a democracia e derrotar o fascismo, foi necessário um passo de reorganização com a desfiliação da CSP-Conlutas”, avalia o Prof. Bruno Rocha. “Não foi uma decisão fácil, mas foi necessária. É uma decisão que reafirma a democracia sindical ao definir, a partir de sua base, a melhor forma de organização para a nossa categoria continuar e ampliar o diálogo com a sociedade na busca por torná-la mais justa”, acrescenta.
Na ocasião também foram debatidos os desafios e próximos passos da luta docente, agora na gestão do presidente eleito Lula (PT). “O sindicato compreendeu que, para realizarmos a tarefa histórica de reorganização da classe trabalhadora, precisamos de coerência e análise certeira da conjuntura, compreendendo que o golpe de 2016 foi determinante para a ascensão do fascismo. O novo governo Lula trará uma série de desafios que precisarão da classe trabalhadora organizada”, destaca o presidente da ADUFC.
A opinião é partilhada pela presidenta do ANDES-SN, Profª. Rivânia Moura. “O nosso sindicato atua de modo firme em todas as conjunturas, contra todos os ataques e, por este motivo, apostamos no processo de construção da unidade, o que se fez mais forte e necessário nesse último período, quando tivemos o embate com a política neofascista adotada pela extrema direita no nosso país”, reforça.
Diante da conjuntura golpista que o atual governo insiste em conclamar e em sintonia ao Novembro Negro, a diretoria do ANDES-SN deliberou por realizar um ato em defesa da democracia e contra o racismo. A atividade foi promovida em articulação com a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), anfitriã do evento. Representantes de entidades sindicais e estudantis marcharam até a Praça Chico Mendes, com palavras de ordem contra as políticas genocidas ao povo negro, aprofundadas pelo governo Bolsonaro, contra as tentativas de golpe e pela defesa do Estado Democrático de Direito. O 14° Conad Extraordinário contou com a presença de 236 pessoas de 77 seções sindicais do ANDES-SN.
(*) Com informações do ANDES-SN