Convidamos todos os professores e professoras filiadas/os da UFC, UFCA e UNILAB para a reunião de mobilização, na próxima terça-feira (12), para a Semana de Paralisação em Defesa da Educação e da Universidade Pública. O encontro será às 16h na sede da ADUFC em Fortaleza, com acesso por videoconferência para docentes do interior. A Semana de Paralisação ocorrerá de 22 a 26 de agosto e foi deliberada coletivamente na Assembleia Geral da nossa categoria, no dia 29 de junho.
Vivenciamos o sucateamento do ensino superior público, cortes na educação que impactam diretamente as universidades federais, desmonte da ciência e tecnologia e congelamento dos salários no funcionalismo público. “É fundamental que a nossa categoria esteja fortalecida para enfrentar esse projeto de desmonte da educação, da ciência e tecnologia e dos serviços públicos. Precisamos denunciar a corrupção no MEC, lutar contra o corte de verbas para a educação e defender a universidade pública”, convoca a secretária-geral da ADUFC, Profª. Helena Martins.
Na mais recente AG do sindicato, em 29/6, diversos professores e professoras compartilharam a angústia com o cenário atual vivenciado na universidade. Precisamos somar forças e esforços coletivos para lutar contra o corte de verbas e a corrupção no Ministério da Educação (MEC), contra o congelamento dos nossos salários, que estão derretendo diante de uma inflação descontrolada. Na Universidade Federal do Ceará (UFC), enfrentamos, ainda, a perseguição de uma gestão autoritária que nem sequer reconhece o estrangulamento orçamentário causado pela mão do governo Bolsonaro, tampouco age com transparência.
A atuação da ADUFC está alinhada à mobilização nacional do setor da Educação. Durante esta semana, docentes de todo o país se reuniram em Brasília para mais uma jornada de lutas em defesa da educação, encerrada na última quinta-feira (7) com ato em frente ao Senado Federal. Lá, manifestantes exigiram a abertura imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os esquemas de corrupção no MEC envolvendo o ex-ministro da Pasta, Milton Ribeiro.
Representantes do ANDES-SN e de suas seções sindicais estiveram durante toda a semana na capital federal realizando uma série de atividades para pressionar parlamentares. Juntamente com representantes de outras categorias, docentes fizeram atos no Aeroporto de Brasília e na Câmara Federal. Professoras e professores exigiram a restauração do orçamento do MEC e o atendimento da pauta de reivindicações do Setor da Educação, protocolada no último dia 14 de junho. Também cobraram a recomposição salarial de 19,99% reivindicada pelo conjunto dos servidores públicos federais.
O movimento docente fez visitas aos gabinetes de parlamentares e protocolou uma carta ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara Federal, Arthur Maia (PP/AL), e demais parlamentares do colegiado, solicitando a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 96/2019. A matéria proíbe cortes e contingenciamentos no orçamento da Educação, após ele ter sido aprovado no Congresso Nacional. Na terça-feira, docentes também foram ao Senado, onde entregaram uma carta ao senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade/AP) e ao presidente da Comissão de Educação da Casa, senador Marcelo Castro (MDB/PI).
(*) Com informações do ANDES-SN