Acima, imagens de Fortaleza. Fotos de: Raquel Chaves/ADUFC-Sindicato e Matheus Maciel.
A ADUFC-Sindicato participou, mais uma vez, dos atos Fora Bolsonaro que mobilizaram dezenas de cidades brasileiras e no exterior no último sábado (24/7). Somando-se a uma extensa agenda de lutas – aprovada em Assembleia Geral – que inclui também Vacina já e Auxílio Emergencial de R$ 600, o sindicato vem atuando de forma ativa nessas manifestações. Em Fortaleza, elas reuniram cerca de 30 mil pessoas numa passeata entre a Praça Portugal, na Aldeota, e o Aterrinho da Praia de Iracema. Atos semelhantes também ocorreram em pelo menos 16 outras cidades cearenses.
Os/as manifestantes, participando por demanda espontânea ou integrados a diversas entidades e associações da sociedade civil organizada, foram às ruas para pedir a interrupção de um governo federal negacionista, descompromissado com os direitos sociais e corrupto. Intensificando a pressão nacional contra o (des)governo de Jair Bolsonaro, esta foi a quarta manifestação seguida com pauta semelhante, em menos de dois meses: ocorreram outras nos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.
O Fórum Sindical, Popular de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas, do qual a ADUFC faz parte, foi um dos organizadores do #24JForaBolsonaro na capital, juntamente com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A atividade também contemplou um ato ecumênico em solidariedade ao padre Lino Allegri, ainda durante a concentração, na Praça Portugal. O pároco de 82 anos tem sido a mais recente vítima de ódio e intolerância, in loco e nas redes sociais, de um grupo de apoiadores do presidente da República. Desde que as denúncias vieram a público, uma rede nacional de solidariedade ao sacerdote vem crescendo, com manifestações de apoio de movimentos sociais, defensores públicos, religiosos, políticos e sociedade civil. A ADUFC também participou do ato ecumênico e manifestou irrestrita solidariedade ao padre Lino Allegri,
A indignação dos/as manifestantes também tem se intensificado com avanço dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado Federal, com a apuração de relatos e investigações que comprovam a negativa do governo Bolsonaro às dezenas de ofertas de compra de vacinas. Além de falta de transparência e claros indícios de corrupção nas tratativas dos contratos de aquisição de imunizantes que poderiam ter evitado a morte de milhares de brasileiros/as.
O enfrentamento à Reforma Administrativa e aos cortes na educação permaneceu na pauta das manifestações do 24J. Além da garantia de vacinação para toda a população, a volta do auxílio emergencial de R$ 600 e a defesa de uma política de empregos e do Sistema Único de Saúde (SUS).
ADUFC participa de transmissões ao vivo estaduais e nacionais
Além das ruas, a mobilização foi intensa durante todo o dia nas redes sociais. “Não há motivo para defender um governo que nega vacina e que precariza o serviço público. É criminoso um governo totalmente envolvido em escândalos na compra dos imunizantes e negando o direito da população de sobreviver”, disse o presidente da ADUFC-Sindicato, Prof. Bruno Rocha, no programa “Ao vivo no ato”, do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará, que cobriu as manifestações no Ceará em tempo real.
A diretora de Assuntos de Aposentados da ADUFC, Profª. Lena Espíndola, também participou da transmissão ao vivo, destacando, entre outros pontos, os malefícios da PEC 32. “Temos de estar permanentemente em luta pelo impedimento desse governo e todo e qualquer governos negacionistas e fascistas. O governo Bolsonaro ainda demonstra uma irresponsabilidade maior ainda junto ao serviço público com a Reforma Administrativa proposta; e um incapacidade de sua equipe econômica de apresentar soluções reais para os problemas”, avaliou a docente.
O ANDES-SN promoveu dois momentos de transmissões ao vivo durante o sábado. Em um deles, foi realizada uma live no canal do Sindicato Nacional no Youtube, na qual os diversos dirigentes sindicais do ANDES-SN em todo o país trouxeram depoimentos e cenas de ruas tomadas pelo povo exigindo Fora Bolsonaro e Mourão. O evento virtual mostrou que o dia nacional de protestos mobilizou a classe trabalhadora. O Prof. Bruno Rocha também participou da transmissão, com informações em tempo real dos atos no Ceará.
Acima, imagens de Crato, Vale do Jaguaribe e Baturité. Fotos de: Wedson Maciano, Ascom/CUT-Ceará e Rick Montèsir
Ceará registra atos em 17 cidades; atos ocorreram em 18 países
No dia 24 de julho, foram contabilizados 426 atos em 18 países. Entre as 471 cidades brasileiras a registrarem manifestações, 17 delas são cearenses. Além da capital, ocorreram atos contra o governo federal em Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte, Quixadá, Sobral, Crateús, Iguatu, Aracati, Icó, Morada Nova, Itapipoca, Acaraú, Baturité, Itaiçaba, Pentecoste e Tianguá. Já no exterior, os gritos de “Fora Bolsonaro” ecoaram em mais de 35 cidades em países como Alemanha, Áustria, Espanha e Portugal e outros. Em Dublin, na Irlanda, brasileiros foram até o memorial dos direitos humanos homenagear Marielle Franco. Em seguida, andaram até a embaixada brasileira para pedir o impeachment e questionar o embaixador.
Já em Tóquio, no Japão, onde nesse momento são realizadas as Olimpíadas, faixas com os dizeres “Jail Bolsonaro” (em inglês, “jail” significa “cadeia”) misturaram-se à paisagem. O novo apelido do presidente viralizou nas redes sociais em junho último, logo após uma projeção na Torre de Londres, um dos pontos turísticos mais populares da Inglaterra. Internacionalmente, o termo segue sendo utilizado em milhares de publicações denunciando a omissão do governo brasileiro no combate à pandemia.
(*) Com informações do ANDES-Sindicato Nacional.
(*) Assista ao vídeo do 24J produzido pelo Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas e pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo: