A Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) reativará o seu núcleo no Ceará na próxima quinta-feira (27/5), com debate conduzido pela coordenadora nacional do movimento, Maria Lúcia Fattorelli. A live de lançamento do núcleo vai ter início às 19 horas, nas redes sociais da ACD. O sindicato passa a integrar a coordenação estadual, com dois representantes: os professores Bruno Rocha e André Ferreira, presidente e tesoureiro-geral da ADUFC, respectivamente. Também integram o grupo local a Profª. Sâmbara Paula, da Regional NE1 do ANDES-SN; e a Gisella Colares, do Coletivo Vida e Cidadania.
A auditoria é um movimento social com 20 anos de existência que teve origem logo após o Plebiscito Popular da Dívida Externa, realizado no Brasil em setembro do ano 2000, em 3.444 municípios do País, organizado por diversas entidades da sociedade civil brasileira, especialmente pela Campanha Jubileu Sul.
“Os núcleos estaduais da ACD são fundamentais para defender o serviço público em todas as esferas”, explica Maria Lúcia Fattorelli. Na avaliação da coordenadora geral, os entes federados estão sob “graves riscos de perdas de receitas”, o que demanda uma articulação das entidades locais para aprofundar o conhecimento do tema. “E também mobilizar para atuar nos diversos ataques que estão sendo desferidos contra as finanças estaduais”, acrescenta.
A coordenadora nacional da ACD também relembra que são graves as ameaças de desmonte do Estado que ocorrem na esfera federal (PEC 32) e exigência de subteto ainda mais rigoroso (EC 109, resultante da recente aprovação da PEC 186). Desde março desde ano, a ADUFC-Sindicato vem participando, juntamente com outras entidades, da reestruturação do núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida no Ceará e tem organizado campanhas que envolvem diferentes ações articuladas contra essas duas PECs que ameaçam o serviço público.
Nestes 20 anos, a dívida externa e o endividamento público interno passaram a ter uma relação íntima no contexto da liberalização e financeirização das economias. Um dos objetivos da ACD é fortalecer essa causa que, acima de tudo, questiona a destinação de, em média, aproximadamente 45% do fundo público anual para o rentismo. A reestruturação do núcleo no Ceará dá início, também, a um processo de formação para colaboradores nas questões relacionadas ao tema.