O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SINTUFRJ) vem sendo alvo de ataques de ódio e violência dos apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, por promover a campanha “Vacina no braço, comida no prato”. As informações foram divulgadas pelo sindicato, através de nota publicada ontem (12/4). Desde o último sábado (10/4), o sindicato tem recebido ligações com ameaças e promessas de invasão e depredação da sede da entidade. As mensagens recebidas acusam o movimento sindical de “atrapalhar o Brasil”.
A campanha “Vacina no braço, comida no prato” tem denunciado a política genocida do governo Bolsonaro, que vem levando o Brasil a atingir números recordes de mortes em decorrência da Covid-19. Até a tarde desta terça-feira (13/4), o número total de brasileiros e brasileiras que perderam a vida vítimas da doença já ultrapassou a marca de 355 mil. Além de faltar emprego, comida, dinheiro e vacina.
“Contra a violência e o arbítrio, nossa arma é a força organizada das trabalhadoras e trabalhadores que se dedicam todos os dias a salvar vidas, produzir conhecimento e contribuir para a construção de um Brasil melhor. (…) Nada pode ser maior do que combater essa tragédia e seus responsáveis. Nosso compromisso é com a defesa da vida e da democracia, reforça a nota do sindicato. O SINTUFRJ realizou, ao longo da sexta-feira (9/4) várias ações coordenadas em defesa da vida e denunciando o governo Bolsonaro pela sua omissão no combate à pandemia da Covid-19.
Em diversos pontos dos campi da UFRJ e na capital fluminense foram colados cartazes que destacavam a elevação dos preços do gás e da gasolina, e de itens como carne, gasolina, arroz, e da cesta básica, chamando a atenção para o aumento do custo de vida da população. Além disso, um painel-vídeo instalado na Praia Vermelha, localizada na zona sul, e imagens projetadas no paredão da Escola de Música da UFRJ, região central, ganharam repercussão nas redes sociais e em veículos de mídia por denunciarem a crise em que o país vive.
As projeções de vídeo com protesto ganharam repercussão nas redes sociais e na mídia. Parlamentares de diferentes partidos saudaram a ação do sindicato. O texto e as imagens foram roteirizados pelo SINTUFRJ trazendo, em pouco mais de dois minutos, uma peça audiovisual que traduz o caos no qual o governo Bolsonaro mergulhou o país .
Para a direção da Regional do Rio de Janeiro do ANDES-SN, os ataques proferidos ao movimento sindical são fruto de um processo de intimidação contra as e os responsáveis pela ação. As ações nesse sentido, no entanto, deverão não apenas continuar, mas ser intensificadas. Assim como o ANDES-SN, a ADUFC-Sindicato também manifesta apoio e solidariedade ao SINTUFRJ.
(*) Com informações do ANDES-SN e do SINTUFRJ