Apenas oito anos depois de se graduar pela centenária Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gastão Barreto Espíndola viu-se transformado em docente desta mesma instituição. Junto dela, passou 26 anos contribuindo para a formação de centenas de profissionais no estado. Nesta terça-feira (6/4), na véspera de completar 13 anos de sua despedida das salas de aula e dos bancos da UFC, Prof. Gastão também despediu-se da vida. Lamentavelmente, ele se soma aos/às mais de 333 mil brasileiros e brasileiras que perderam a vida devido à Covid-19.
Gastão Barreto Espíndola havia completado 70 anos no último dia 21 de março. Ele foi professor do Departamento de Zootecnia da UFC entre os anos de 1982 e 2008. Na instituição, ele coordenou o Programa de Pós-Graduação em Zootecnia e, no Departamento de Zootecnia, também esteve à frente do Laboratório de Nutrição Animal. O docente chegou a atuar ainda como membro do Conselho do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e do Conselho Universitário (CEPE).
Antes de assumir o cargo na UFC, Prof. Gastão também havia sido professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), entre os anos de 1975 e 1982. Lá, coordenou o Serviço de Patrimônio, os Assuntos Estudantis do Curso de Agronomia, o Museu Vivo Forrageiro do Departamento de Zootecnia e também foi membro do CEPE. Mestre e doutor em Zootecnia, o professor também concluiu um pós-doutorado na mesma área. Ele também presidia o Instituto Cearense de Nutrição Animal.
A partida do Prof. Gastão Barreto Espíndola é sentida por colegas e estudantes que conviveram com ele na UFC e também nas universidades pelas quais passou como professor convidado – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este sindicato, ao qual o professor também era filiado, manifesta solidariedade e oferece um abraço de conforto a todos e todas do Departamento de Zootecnia da UFC, assim como à família e aos amigos e amigas do docente. A ADUFC, como tantas outras entidades, vive um luto diário e lamenta profundamente mais essa vida perdida para a pandemia e para a falta de políticas públicas eficazes no enfrentamento a ela.