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#CIENCIASALVA – Comunidade científica pressiona Congresso a derrubar vetos que limitam recursos do FNDCT

Pesquisadores/as e cientistas, com apoio da sociedade civil, intensificaram a pressão para que o Congresso Nacional derrube os vetos presidenciais a dispositivos do Projeto de Lei Complementar 135/2020. A proposta prevê a liberação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), mas, ao ser sancionada em janeiro último, Jair Bolsonaro vetou dois artigos importantes que afetam diretamente a destinação dessa verba para a atividade científica no País. Se os vetos não forem derrubados, quase R$ 5 bilhões deixarão de ser investidos em ciência, tecnologia e inovação no Brasil somente em 2021, projeta a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Durante esta semana, com a perspectiva de os vetos serem pautados no Congresso Nacional, a SBPC ampliou a mobilização em suas redes sociais e promoveu tuitaço para difundir a hashtag #cienciasalva. Neste momento em que o país enfrenta o pior momento da crise sanitária ocasionada pela pandemia da Covid-19, o Brasil não pode prescindir de investimentos na ciência, pois ela salva vidas! Precisamos de mais saúde e da expansão da ciência, da tecnologia e da inovação para que a sociedade possa enfrentar essa pandemia, que deve deixar sequelas cruéis pelos próximos anos.

Em fevereiro, a SBPC organizou uma petição online pela derrubada dos vetos ao FNDCT. Nesta terça-feira (16/3), as entidades científicas e acadêmicas entregaram à Mesa Diretora do Senado Federal as mais de 130 mil assinaturas coletadas até então na campanha pela derrubada dos vetos . Um dos vetos de Jair Bolsonaro ao projeto aprovado retira a proibição de recursos do FNDCT serem colocados em reserva de contingência, e o outro impede a liberação da verba integral do fundo de 2020. Com o primeiro veto, foi retirado o ponto central da lei: eliminar a reserva de contingência, que sequestra 90% dos recursos para investimento do FNDCT.

Em 2020, senadores e deputados federais aprovaram o PLP 135/2020. A matéria altera a Lei Complementar nº 101/2000, vedando a limitação de empenho e movimentação financeira de despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade, e modifica a Lei nº 11.540/2007, ao alterar a natureza e as fontes de receitas do FNDCT e incluir programas desenvolvidos por organizações sociais entre as instituições que podem acessar os recursos do fundo.

Fundo financia ciência e tecnologias de ponta no País e impacta políticas sociais

O FNDCT é a principal fonte de financiamento de infraestruturas que permite o desenvolvimento de ciência e tecnologias de ponta no País. O fundo está por trás das bancadas de laboratórios e pagamento de bolsas a pesquisadores até equipamentos complexos para possibilitar pesquisas inovadoras no País. O financiamento à ciência brasileira, por meio do FNDCT, é fundamental para que o Brasil possa desenvolver tecnologias e conhecimentos que promovam o bem-estar de todos, como telefones celulares, assistência médica e construção de moradias populares, por exemplo.

Em cinco anos, mais de R$ 12 bilhões arrecadados para o FNDCT foram desviados para a reserva de contingência. Sem a garantia desses repasses, pesquisas e projetos serão paralisados, e a economia, severamente afetada, impactando a vida de toda a população brasileira. 

(*) Com informações da SBPC

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

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