Temas urgentes relacionados à categoria docente, como a reforma administrativa, que anuncia um desmonte dos serviços públicos, estão entre as pautas da participação da ADUFC nas reuniões de colegiados, neste semestre de 2021. A diretoria do Sindicato enviou solicitação de participação em reuniões a todos os departamentos e cursos das universidades federais do Ceará para abrir um diálogo e discutir também pautas locais que impactam o cotidiano das universidades públicas e as carreiras e salários de professoras e professores. O cronograma das participações da ADUFC teve início na última segunda-feira (25/1).
Além de estreitar o diálogo entre o sindicato e os/as docentes, este encontro tem como objetivo informar sobre os principais ataques aos direitos da categoria, como a PEC Emergencial e a reforma administrativa, e as várias ações do sindicato em defesa da carreira docente. “A categoria precisa estar ciente das ameaças que o funcionalismo público está sofrendo e das falácias usadas como justificativa para entender a importância de se mobilizar pela carreira docente, a universidade pública e os serviços públicos em geral”, destaca o Prof. Bruno Rocha, presidente da ADUFC-Sindicato.
A reforma administrativa – que tramita no Congresso Nacional por meio da PEC 32/2020 – impõe diversas ameaças ao funcionalismo público, sempre com a narrativa desonesta de culpá-lo pelo desequilíbrio fiscal das contas públicas, omitindo o verdadeiro motivo: uma gestão privatista dos recursos públicos e sem compromisso com os direitos sociais. A medida prevê o fim da estabilidade e retira a garantia de ingresso por concurso público, transformando o serviço público em cabide de empregos e distribuição de cargos sob ingerência de interesses particulares em detrimento do interesse da sociedade.
“Não se justifica colocar a culpa de problemas fiscais no funcionalismo público, quando se tem um modelo fiscal regressivo e ineficiente e uma gestão criminosa da dívida pública. Nós sabemos que o serviço público é fundamental para a garantia dos direitos sociais básicos e qualquer tentativa de desestruturação e precarização afeta o acesso de mais de 80% da sociedade brasileira a direitos fundamentais como saúde e educação”, reforça o Prof. Bruno Rocha.
A discussão sobre a volta presencial das aulas e as garantias efetivas para o retorno seguro quando for possível também está na lista de pautas locais prioritárias. A ADUFC defende que o retorno às salas de aulas ocorra apenas após ampla vacinação de toda a comunidade universitária.
O sindicato dá informes, ainda, sobre a ação judicial para garantia de adicionais durante a pandemia, a atenção ao cumprimento de regras sanitárias e a defesa e proteção dos direitos dos docentes, inclusive com a criação do Observatório do Assédio Moral.
Em semestres anteriores, a Diretoria da ADUFC fez participações em reuniões de colegiado, por toda a universidade, e neste semestre continua solicitando esse diálogo com os docentes nos seus colegiados e colocando-se à inteira disposição para informações e sugestões.
[+] O contato para atender à solicitação de participação da ADUFC nas reuniões de colegiado (exposição de 15 minutos) pode ser feito pelo e-mail secretaria@adufc.org.br ou pelo telefone (85) 99973.5206.