Na última quarta-feira (25), a diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) repudiou, em nota, mais uma intervenção do Governo Bolsonaro nas universidades públicas. Na segunda-feira (23), o Ministério da Educação (MEC), desrespeitando a comunidade universitária da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nomeou para o cargo de reitora pro tempore a professora Liliádia da Silva Oliveira Barreto.
O processo de escolha de reitor da universidade, desde a definição da lista tríplice, tem recebido críticas de estudantes, técnico-administrativos/as e docentes por desconsiderar a tradição democrática da UFS. A lista foi indicada em um “Colégio Eleitoral Especial”, reunido virtualmente em 15 de julho último ano, sem respeitar os necessários trâmites da consulta pública.
“O ANDES-SN expressa a sua solidariedade à comunidade da UFS e declara o seu repúdio a mais essa ação arbitrária do governo de Jair Bolsonaro. Este Sindicato Nacional compreende que a escalada antidemocrática sobre as universidades está alicerçada em um projeto autoritário e subserviente para o Brasil, que visa atacar os direitos conquistados pela classe trabalhadora e o aprofundamento do caráter dependente da economia do país. Para esse projeto, o governo busca intimidar a educação e a ciência, para impor o seu desejo autoritário, dependente e de caráter excludente e preconceituoso contra mulheres, negros e negras e LGBT”, diz a nota do sindicato.
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