“Estamos atravessando um tempo de incertezas com a pandemia da covid-19 que, diariamente, ceifa vidas em nosso país. O Brasil é hoje o foco da pandemia nas Américas, com mais de mil mortes diárias na última semana. Somos um país enlutado. Desde março, estamos cumprindo o isolamento social proposto pelo governo do estado. Nossas aulas e atividades presenciais foram suspensas. A maior parte dos cursos da UFC optou por não manter as aulas na modalidade remota, porque avaliou-se, depois de uma pesquisa à comunidade discente, que estaríamos ferindo a equidade e a isonomia do ensino, além da qualidade. A pandemia escancarou de vez o abismo social brasileiro. A enorme fissura entre ricos e pobres agora se mostra também no acesso ao mundo digital.
Como manter aulas por meio virtual se nossos alunos não têm planos básicos de Wi-Fi e de dados móveis? Como pensar em manter aulas em ambientes domésticos nos quais um computador, quando existe, é dividido entre todos de casa? Além disso, deixamos claro que o ensino à distância exige um sensível planejamento, pois não se trata de transplantar métodos e técnicas da modalidade presencial: o material didático é outro, as atividades e fóruns propostos são de outra natureza, bem como as avaliações. Muitos dos nossos professores conhecem bem a EaD porque são responsáveis semestralmente por conduzir também disciplinas na UFC Virtual, que oferece cursos de graduação para todo o estado do Ceará. Portanto, sabem o que falam. Não à toa, as aulas virtuais que acontecem, por exemplo, na educação básica dos estados, são denominadas de remotas, e não de EaD. “
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