No Ceará, diversos movimentos, organizações populares e entidades representativas do campo e da cidade, dentre elas a ADUFC-Sindicato, elaboraram carta-manifesto conjunta em que pedem medidas mais rigorosas no combate ao novo coronavírus e exigem decreto de lockdown no estado. A carta foi entregue nesta terça-feira (5/5) ao governador Camilo Santana.
No manifesto, movimentos e entidades mostram preocupação com a crise sanitária vivida pelo país e que tem se alastrado com velocidade no Ceará. Apontando questões políticas, econômicas e sociais que tem se fragilizado ainda mais durante a pandemia, as entidades reforçam, no texto, “a necessidade de ampliação e maior rigor das medidas de restrições à circulação para garantir o isolamento social, através de cobranças severas e atuação das forças em gestores e municípios que ainda desrespeitam ou não tomam medidas mais severas diante das aglomerações. (…)”.
“Assim, apoiamos totalmente a aplicação de lockdown, principalmente em Fortaleza e Região Metropolitana. Todavia, também é necessário levar em consideração o contexto da população para que o isolamento social seja um direito coletivo, garantido com proteção social indistintamente e não um privilégio de poucos. Nosso compromisso é acima de tudo com a vida e não com o lucro, principalmente com as populações mais vulneráveis”, segue o texto.
Outro ponto-chave da carta é a sinalização da necessidade de inclusão dos movimentos sociais no comitê de crise organizado pelo governo estadual: “Os movimentos sociais que representam uma parcela significativa da sociedade cearense tem que estar nesse comitê de crise. Nós estamos solicitando, reivindicando que seja incluso os movimentos sociais nesse comitê de crise da pandemia pra poder discutir”. Atualmente, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus no Ceará é composto por 25 entidades/órgãos estaduais, municipais e federais, além de OAB, Uece, UFC, Fiec, Fecomércio, Acert e CDL.
A carta-manifesto se encerra com uma lista de proposições para o governo do Ceará no combate à Covid-19, desde o reforço da fiscalização do isolamento, decreto de lockdown no Estado, até a defesa intransigente do SUS e garantia de EPIs para trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
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