(Foto: Ribamar Neto)
O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Prof. Custódio Almeida, recebeu, no Gabinete da Reitoria, representantes da ADUFC na tarde de segunda-feira (24). Na reunião, foram tratados temas relativos às condições de trabalho dos/as docentes das carreiras do magistério superior e do ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT), como aposentadorias, benefícios previdenciários e o conjunto de outras pautas construídas durante a greve de 2024.
A presidenta da ADUFC, Prof.ª Irenísia Oliveira, apresentou ao reitor um documento contendo as principais reivindicações dos/as docentes da Universidade em segmentos como contratação de professores, oferta de bolsas de pós-graduação, prevenção e combate ao assédio sexual e moral, manutenção predial, conexão de Internet, segurança nos campi da Instituição, entre outros assuntos. “Durante a greve, nós fizemos reuniões e entregamos uma sistematização que os colegas trouxeram como pautas comuns de pessoal e infraestrutura. Pensamos em formar um grupo de trabalho com um representante da ADUFC para encontrar formas de desburocratizar e simplificar os processos de progressão e promoção”, explanou Irenísia.
O reitor Custódio Almeida compartilhou que, na última viagem oficial a Brasília, os reitores filiados à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) conversaram com o ministro da Educação, Camilo Santana, sobre os recursos da União destinados às universidades públicas. “Todo ano, a gente fica refém da aprovação da LOA [Lei Orçamentária Anual] no Congresso Nacional, porque não sabemos se o que vai ser aprovado para a Universidade dará conta do mínimo. O ministro sugeriu para o presidente da ANDIFES que a gente criasse um grupo para fazer uma lei específica referenciando a LOA para que o orçamento [para as universidades] não seja nunca menor do que o ano anterior e do que a inflação”, pontuou o reitor.
Participaram da reunião a secretária-geral da ADUFC, Prof.ª Maria Inês Escobar; o advogado Renan Bezerra, do setor jurídico da ADUFC; o coordenador-geral das Casas de Cultura Estrangeira da UFC e tesoureiro-geral do sindicato, Prof. Jimmy Robson Rodrigues; a Prof.ª Rogéria Pereira, da Casa de Cultura Alemã; o Prof. Erwin Schrader, do Instituto de Cultura e Arte (ICA); o assessor especial da Reitoria, Ciro Nogueira Filho; e o coordenador de Articulação Política Institucional do Gabinete da Reitoria, Daniel Fonsêca.
Diálogos e avanços
A Prof.ª Irenísia Oliveira ressaltou que toda a pauta local relacionada aos docentes durante a greve foi entregue e debatida ponto a ponto durante a reunião com o reitor Custódio Almeida. Além das pautas paredistas, foi ainda adicionada à reunião a pauta dos/as docentes do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) que estavam sendo prejudicados na questão da aposentadoria. A docente apontou como resultados importantes da reunião o comprometimento do reitor para que a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) não atuasse como uma inimiga dos/as servidores/as, assim como o extenso debate sobre a pauta das condições de trabalho dos/as docentes – incluindo os pontos de estrutura física (materiais, veículos, prédios, entre outros), internet (qualidade e disponibilidade) e concursos (docentes e TAES).
“Tão logo nós relatamos a situação [dos/as docentes EBTT], ele [reitor] já se posicionou favorável de que os/as docentes EBTT tivessem os mesmos direitos que os/as EBTT dos Institutos Federais e outras instituições, se comprometeu de alinhar isso com a Progep. (…) Esse foi o melhor resultado da nossa reunião”, pontuou a presidenta.
Fonte: Gabinete da Reitoria da UFC – e-mail: greitor@ufc.br