A passeata saiu pelas ruas do Benfica para reivindicar recomposição do Orçamento da Educação e melhores condições nas universidades públicas (Fotos: Nah Jereissati/ADUFC)
A ADUFC esteve presente, na última quarta-feira (14), em ato na Praça da Gentilândia, em Fortaleza, no Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, que marcou a luta dos estudantes contra os cortes na Educação e o fascismo e contra os juros altos, “por menos juros e mais educação”. No mesmo dia, foi realizada outra manifestação, em frente ao Banco Central. Entre os temas reforçados nas mobilizações, estavam o fim da militarização e da privatização das escolas e a revogação do Novo Ensino Médio, além da recomposição orçamentária da educação pública. As entidades também lutam contra os cortes no orçamento da educação em 2024.
A Profª. Irenísia Oliveira, presidenta da ADUFC, prestou solidariedade aos estudantes durante a passeata que saiu da Praça da Gentilândia às ruas do Benfica. “Nós queremos que todos os estudantes estejam na universidade pública e, para isso, é preciso que a universidade pública se expanda e tenha orçamento para essa expansão”, defendeu. “Lutamos também por uma educação crítica, autônoma, democrática e laica, que está sendo ameaçada pelas concessões dos próprios governos progressistas aos setores reacionários”, disse.
Os estudantes repudiaram o corte de R$ 15 bilhões no Orçamento federal, retirando R$ 4,4 bi da Saúde e R$ 1,2 bi da Educação e impactando os recursos do PAC, cujas verbas bloqueadas afetam as obras que foram anunciadas durante a Greve da Educação.
“Enquanto temos nosso futuro comprometido pelas articulações fascistas, os estudantes secundaristas sofrem dia após dia com a falta de matérias essenciais para ingressar ao ensino superior, como história, sociologia, biologia etc. A reforma do Ensino Médio (…) é um ataque direcionado a nós e aos trabalhadores. Não estamos sendo alvos de uma crise, mas sim de um projeto de maximização de lucros para a educação privada”, afirma a nota assinada coletivamente pelos DCEs da UFC, UFRJ, UnB, UFRGS e UEL.
A mobilização ocorreu na semana do Dia do Estudante e mirou no enfrentamento à articulação dos grupos de extrema direita, que seguem se fortalecendo com pautas como a aprovação do novo arcabouço fiscal, dos cortes públicos recentes e já anunciados para 2025, além da proposta de fim dos pisos constitucionais da saúde e da educação.
