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GREVE DA EDUCAÇÃO – Greve completa 2 meses; avanços na negociação são conquistados após reunião no MEC nesta sexta (14)

(Foto: Eline Luz/ANDES)

Após intensificação da pressão depois da tentativa falida de acordo do governo com a Proifes, a greve docente conclui a semana com importantes vitórias. Nesta sexta (14), nova rodada de negociação no Ministério da Educação (MEC) arrancou importantes compromissos. 

Na abertura da reunião, o MEC sinalizou o aceite da imediata revogação da Portaria 983, após assinatura de acordo, e a criação de um Grupo de Trabalho para elaborar a nova regulamentação. A normativa, entre outros problemas, alterou a carga horária mínima de sala de aula e impôs o ponto eletrônico para docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), impactando de forma negativa o tripé ensino, pesquisa e extensão.

Por cobrança incisiva do ANDES-SN durante a negociação, o governo sinalizou, ainda, positivamente quanto à revogação da Instrução Normativa 66, que tem dificultado a progressão de várias e vários docentes e sido alvo de judicializações. O Sinasefe também apresentou outra proposta de ajuste nos steps das carreiras do magistério federal e do EBTT.

As demandas envolvendo a remuneração de professores e professoras não tiveram resposta imediata e foram levadas a conhecimento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) pelo representante na reunião, Mário Barbosa, que se comprometeu a apresentar um retorno até o final da tarde desta sexta.

“Reconhecemos que essa foi uma reunião importante, arrancada pelo movimento grevista e que, se não fosse a nossa pressão no dia 3 passado, não viria a ser realizada”, avaliou Prof. Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN. “Os representantes do MEC expressaram, desde o início da reunião, o reconhecimento do quanto a nossa greve é forte e, por isso, estavam mudando uma série de posicionamentos que firmaram no curso do processo negocial”, completou.

Comando Geral de Greve da ADUFC define próximos passos

Em reunião do Comando Geral de Greve da ADUFC, no mesmo dia à tarde, docentes avaliaram como conquistas as novidades saídas da negociação. A presidenta da ADUFC, Profa. Irenísia Oliveira, iniciou o momento fazendo uma breve retrospectiva sobre a campanha salarial empreendida desde 2023, quando houve reabertura da mesa de negociação inviabilizada durante todo o mandato de Bolsonaro. “O governo teve tempo para evitar a greve, não deflagramos de surpresa. Todos nossos passos são abertos e a negociação só foi marcada cinco dias após entrarmos em greve”, recuperou.

Entre as vitórias do período, participantes do Comando de Greve destacaram o desmascaramento da Proifes e o fortalecimento do ANDES-SN. A condução do movimento de forma unificada com técnicos administrativos da Educação também foi enfatizada. Na avaliação do Prof. Bosco Arruda, diretor de Assuntos de Aposentados da ADUFC, docentes devem seguir fortalecendo essa unidade para que a conclusão da greve se dê de forma conjunta e com ganhos para todas as carreiras.

Para a próxima semana, servidores e servidoras da Educação federal devem intensificar a agenda de lutas por todo o país. A ADUFC realiza na segunda-feira (17), a partir das 14h30, assembleia geral para analisar a conjuntura e o curso da negociação com o governo federal. Na próxima quinta (20), o presidente Lula vem ao Ceará para anúncios em relação às instituições federais de Ensino Superior.

(*) Com informações do ANDES-SN

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