(Fotos: Nah Jereissati/ADUFC)
O Dia Nacional de Luta pela Educação Federal foi marcado por atos em todo o país nesta segunda-feira (3) e rendeu saldo positivo para a greve de docentes e técnicos administrativos. Em Brasília, representantes dos Comandos Nacionais de Greve (CNGs) e das diretorias do ANDES-SN e do Sinasefe resolveram ocupar uma sala do prédio do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e arrancaram do governo nova agenda de negociações para a próxima semana.
Em Fortaleza, a ADUFC integrou ao lado do SINTUFCe e do SINDSIFCE manifestação iniciada pela manhã, nos jardins da Reitoria da UFC, que adentrou pela tarde com caminhada até a Praça do Ferreira. Para o vice-presidente da ADUFC, Prof. Roberto da Justa, a adesão foi maior do que a esperada, demonstrando que a greve continua forte. “É um ato que acontece em todo o país na perspectiva de que uma reunião ainda hoje possa acatar nossas reivindiações”, explicou. “Fica a mensagem para os negociadores, ao Congresso Nacional e à sociedade de que nós estamos unidos em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade”, completou.
No mesmo sentido, a Profª. Aline Abbonizio, diretora da ADUFC, avaliou que a liminar contra a Proifes abriu um novo capítulo no movimento paredista, que se intensificou desde a última mesa de negociação com o governo. “Essa quantidade de gente no ato nos dá um novo fôlego, importante para a gente recuperar as nossas energias e ter em mente que a gente precisa seguir organizado, pressionando o governo e mobilizando nos nossos locais de trabalho”, enfatizou a docente da Unilab.
Na capital federal, a presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, participou das atividades junto ao CNG em frente ao MGI. Segundo ela, o dia foi positivo a greve unificada, que contou com a presença das deputadas federais Dandara Tonantzin (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL) durante a reabertura do diálogo com o Executivo. A reunião desta segunda-feira (3) foi a primeira após tentativa de golpe por meio de acordo com a Proifes, entidade que não possui representatividade legal nem legítima junto à categoria docente do magistério superior e do EBTT.
Presente na reunião no MGI, o presidente do ANDES-SN, Prof. Gustavo Seferian, também avaliou como vitorioso o resultado do dia e ressaltou que a ocupação do prédio, reforçada pela vigília de servidores do lado de fora e amparada pela unidade das três entidades em greve – ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra – conseguiu fazer com que o governo federal recuasse e se movimentasse, com intervenção inclusive da ministra Esther Dweck, para garantir uma reunião na próxima semana.