Docentes, estudantes e TAEs das IFES do Ceará foram a Brasília em ônibus apoiado por ADUFC e ANDES (Fotos: ANDES)
A ADUFC e os comandos locais da greve docente das IFES do Ceará marcaram presença, na última quarta-feira (22), na marcha que reuniu mais de 20 mil trabalhadoras e trabalhadores de diversas regiões do país em Brasília (DF). Estavam na pauta a defesa do emprego e de condições dignas de trabalho e a luta contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora. Também foi reivindicada a revogação do Novo Ensino Médio, da Reforma Trabalhista e da Previdência, da Lei da Terceirização e do Arcabouço Fiscal. Com apoio do ANDES-SN e da ADUFC, um ônibus com docentes, estudantes e técnico-administrativos/as partiu do Ceará rumo à capital federal.
Manifestantes saíram no final da manhã da Funarte, localizada na região central de Brasília, e marcharam aproximadamente 3,5 quilômetros até chegarem em frente ao Congresso Nacional. Docentes das instituições federais em greve e universidades estaduais, municipais e distrital uniram-se a técnicas/os, estudantes e manifestantes de diversos segmentos, como Correios e Frigoríficos. Houve ainda a participação de centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos.
Desde o início da greve, em 15 de abril, a ADUFC tem enviado representantes a Brasília semanalmente para compor a agenda nacional. A Profª. Amanda Pino, diretora de Patrimônio da ADUFC e integrante do Comando de Greve da UFCA, esteve em Brasília durante toda a semana participando das atividades de luta, como a marcha da classe trabalhadora e a audiência pública na Comissão de Educação da Câmara Federal, realizada na última quinta-feira (23), por requerimento da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Representando o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN na audiência, Amanda fez um relato pessoal e emocionado sobre a transformação da sua realidade social a partir da universidade pública – primeiro, como estudante na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), e posteriormente como professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA). “A greve nos forma politicamente. Ela é pedagógica. A luta é a única saída”, ressaltou a docente. Essa foi a segunda audiência pública sobre a Greve Federal da Educação requerida pelo mandato da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Na terça-feira (21), também na capital federal, entidades da Educação Federal, incluindo o ANDES-SN, saíram em marcha na Esplanada dos Ministérios, com destino final no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Manifestantes ficaram em vigília no MGI durante a reunião entre o governo e as entidades representativas de técnicos/as da Educação em greve.
Grito da Terra e Marcha da Educação reuniu movimentos sociais, docentes, TAEs e estudantes (Fotos: Adilson Júnior/UFPE)