Mais de 600 estudantes participaram da assembleia para debater a Greve da Educação (Foto: Lorena Alves/ADUFC)
Estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) aprovaram, em Assembleia Geral na última segunda-feira (15), com 669 votos, o indicativo de greve estudantil. O encontro ocorreu presencialmente nos jardins da reitoria da UFC e com participações por videoconferência. Também partilharam reivindicações para a melhoria da universidade e defenderam a realização de um ato unificado das três categorias no contexto da Greve da Educação. A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, esteve presente e reforçou a importância dos estudantes no fortalecimento da greve e na luta em defesa da educação.
“A valorização das carreiras é o caminho para a qualidade de ensino, a qualidade da educação (…). Com isso, nós queremos dizer que a pauta da valorização da carreira docente, da carreira dos TAEs não é só corporativa, mas é uma pauta que interessa profundamente a sociedade brasileira, interessa aos estudantes, interessa a todo mundo que a universidade cumpra o seu papel”, destacou Irenísia Oliveira.
A docente lembrou que a universidade vivenciou um esvaziamento nos últimos anos em decorrência dos tempos de pandemia e de trabalho remoto e que a mobilização atual em defesa da educação pode ser uma ocasião para recrudescer essa ocupação. “A pandemia teve esse efeito de nos separar um pouco, nos dividir. Então acho que a greve talvez possa ser esse esse momento, esse acontecimento que mostre essa possibilidade de agir coletivamente e nos trazer de volta para a universidade”, avaliou a presidenta da ADUFC. Muitos/as estudantes já se somaram à mobilização unificada de docentes e técnicos administrativos, inclusive participando de assembleias e do comando de greve.