A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, reivindicou justiça e memória para o presente e o passado (Foto: Álvaro Graça Jr.)
A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, esteve presente, na última segunda-feira (1º), na abertura do seminário “64 – Razões para não esquecer”, no Auditório da Reitoria da UFC. O evento foi uma articulação entre a reitoria, a Comissão de Direitos Humanos, o Memorial da UFC e a Comissão de ex-estudantes da UFC 1º de abril. O evento lembrou os 60 anos do golpe civil-militar-empresarial de 1964 debatendo os temas “O golpe de 1964 e seus impactos na UFC” e “O que resta do golpe? De 1964 a 2024”.
Em sua fala, Irenísia Oliveira reforçou a importância de reconhecer os erros do passado e garantir justiça às vítimas desse período, o que ocorreu de forma precária no Brasil, diante da falta de punição a torturadores e de políticas consistentes de memória no país. “Trabalhar por justiça no presente é também lutar pela justiça do passado”, disse a docente, citando os pensamentos de Adorno e Walter Benjamin, intelectuais da esquerda alemã que denunciaram o fascismo no século passado.
O evento contou ainda com a participação dos professores César Barreira (UFC), Helena Serra Azul (docente da UFC e ex-presidenta da ADUFC), Valton Miranda (ex-diretor do DCE/UFC), Maria Luiza Fontenele (ex-prefeita de Fortaleza), Jean-Marc von der Weid (ex-presidente da UNE), o Prof. Airton de Farias (IFCE), João Paulo Barros (Psicologia/UFC) e o deputado estadual Renato Roseno (PSOL).