Docentes da delegação da ADUFC, que é anfitriã do Congresso, marcaram presença para manifestar a solidariedade ao povo palestino (Fotos: Nah Jereissati/ADUFC)
Docentes que participam do 42º Congresso do ANDES-SN promoveram, na tarde desta quarta-feira (28), um ato contra o extermínio do povo palestino pelo Estado de Israel. A manifestação ocorreu no Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC), nas proximidades do Centro de Convivência, onde o evento é sediado, em Fortaleza, com mais de 600 professoras e professores de 89 seções sindicais. Docentes da delegação da ADUFC, que é anfitriã do Congresso, marcaram presença para manifestar a solidariedade a palestinos e palestinas vítimas do terror estatal. “Chega de chacina: PM na favela e Israel na Palestina” era um dos gritos ecoados no momento.
A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, foi uma das docentes a se manifestar durante o ato. “Nosso congresso reconheceu a importância desse momento, a importância dessa luta, que é uma luta nossa para travarmos, como já disse em sala de aula, nas ruas, neste congresso, em todos os locais onde nós estivermos”, disse. “Esses países (Estados Unidos e integrantes da Europa) são capazes de reconhecer apenas genocídios históricos, mas o genocídio que é atual, que é no presente, eles não querem reconhecer. Por isso temos a tarefa histórica tão importante de não normalizar essa situação”, acrescentou.
Presidente da Comissão Organizadora Local do Congresso do Sindicato Nacional, o Prof. Bruno Rocha lembrou que o ato se soma a uma série de atividades organizadas nacionalmente para defender a população palestina e pelo fim da guerra e do genocídio que o povo está sendo submetido por um governo de extrema direita. “Pela autodeterminação dos povos, pelo direito e a autonomia dos povos de gerir a sua cultura, a sua religião, o seu Estado. E esse movimento se faz na defesa coletiva de um povo que está sendo atualmente massacrado”, ressaltou.
Em plenária na segunda-feira (26), antes de iniciar os debates do Tema I, delegados e delegadas debateram e aprovaram, por unanimidade, a moção de repúdio “Não é guerra, é genocídio!” por entenderem que a conjuntura internacional exigia um posicionamento concreto do 42º Congresso já no seu primeiro dia. As moções usualmente são aprovadas na plenária de encerramento. O texto – destinado ao Ministério de Relações Exteriores, ao Congresso Nacional, à Secretaria da Presidência da República, às Embaixadas de Israel e da Palestina, à Federação Árabe Palestina do Brasil e às Secretarias da ONU e da OEA – manifesta apoio à causa palestina, ao direito à autodeterminação do povo palestino, além de condenar enfaticamente o massacre e o genocídio desse povo.