A reunião ocorreu em Brasília, na sede do ANDES-SN, no dia 27 de janeiro (Foto: ANDES-SN)
A última reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), ocorrida no sábado (27), deliberou pela rejeição à proposta do governo federal de reajuste salarial zero em 2024 para os servidores públicos federais. Representada por sua presidenta, a Profª. Irenísia Oliveira, a ADUFC foi uma das 25 seções sindicais presentes no encontro, realizado em Brasília, na sede do ANDES-SN. Docentes disseram não ao congelamento salarial, bem como à oferta de recomposição de 9%, a ser dividido em duas parcelas iguais de 4,5% – pagas em 2025 e 2026. Ainda na Mesa Nacional de Negociação Permanente, o Palácio do Planalto propôs a atualização do Auxílio Alimentação para R$ 1.000, do Auxílio Saúde para R$ 215 e do Auxílio Creche para R$ 484,90.
Na avaliação de professoras e professores, a proposta do governo federal é insuficiente para reparar as perdas salariais acumuladas desde 2010, além de excluir servidores/as aposentados/as e pensionistas, já que esse grupo não recebe benefícios como o Auxílio Alimentação, por exemplo. Foi aprovado acatar a proposta de unidade em construção com as centrais sindicais e os fóruns nacionais das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Também foi encaminhada a inclusão de outros itens prioritários na pauta, como a reestruturação da carreira, a revogação da Reforma da Previdência, o fim da contribuição de aposentados/as e pensionistas e a revogação da Instrução Normativa 15/2022, que inibe o acesso ao adicional de insalubridade.
A reunião do Setor das Ifes definiu 22 de fevereiro como o Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Carreira e da Educação Pública, fortalecendo atos conjuntos com as entidades da Educação visando debater a construção de paralisações ou de uma possível greve no serviço público. Nesse sentido, foi indicado ampliar o trabalho de base para a organização de mobilizações da categoria. Docentes chancelaram a continuidade da divulgação massiva das ações da Campanha Salarial 2024 e sobre as perdas salariais dos servidores/as aposentados/as, considerando a possibilidade de construção de um acampamento na capital federal em conjunto com as demais entidades sindicais.
A recomposição reivindicada inicialmente pelas entidades sindicais considerava as perdas salariais entre 2010 e 2023 e era dividida em dois blocos. O grupo que inclui docentes de universidades federais pedia 39,92% parcelado em três anos. A ADUFC tem participado ativamente da campanha salarial 2024 desde o ano passado, compondo atos, mobilizações, agendas em Brasília e plenárias reivindicando uma recomposição justa à categoria docente para evitar a corrosão salarial por meio da inflação.