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UNILAB – Estudantes e docentes dos campi do Ceará e da Bahia denunciam precarização da universidade e assédio institucional

A ADUFC participou, na última segunda-feira (27), em Acarape, de atividade com uma comitiva de estudantes e professores/as do Campus dos Malês da UNILAB, localizado no município de São Francisco do Conde (BA). Após reunião do grupo da Bahia com a reitoria, em busca de melhores condições para os cursos, discentes, docentes e técnicos administrativos compuseram a roda de conversa “Desafios da multicampia na UNILAB: a resistência do Campus dos Malês”, na qual o sindicato esteve representado por sua presidenta, Profª. Irenísia Oliveira (UFC), e pela 1ª secretária da instituição, Profª. Aline Abbonizio (UNILAB). Na oportunidade, foi reivindicado o fim da precarização do Campus dos Malês, onde faltam salas de aula, infraestrutura apropriada e alimentação para estudantes; e da cultura institucional autoritária e persecutória, inclusive atestada na ocasião por vigilância de integrantes da administração superior. 

A roda de conversa foi um espaço de debate de ideias e partilha de experiências vivenciadas nos campi do Ceará e da Bahia. Conforme relatos trazidos do Campus de Malês, muitos estudantes ficaram sem comida, chegando a passar fome, em razão da interrupção do funcionamento do Restaurante Universitário (RU). Como muitos são de baixa renda e oriundos de outros países, a situação causou desamparo aos discentes e ampliou os riscos de evasão, além de ocupações na universidade e até greve de fome. Também não há salas de aula suficientes nem moradias estudantis . Todo esse cenário gerou um movimento interno de “independência” – parte da comunidade universitária vem reivindicando autonomia em relação aos campi do Ceará ou fusão com alguma universidade baiana.

Outro imbróglio citado foi o de uma gestão superior que cerceia e persegue opositores políticos, inclusive expondo docentes e estudantes nas redes sociais. Sem diálogo, o ambiente para reivindicações e questionamentos torna-se ainda mais limitado. “Temos essa cultura institucional deteriorada de assédio, de perseguição a professores e de condutas extremamente autoritárias”, denunciou uma docente.

A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, lembrou que o setor jurídico do sindicato é procurado, com frequência, por docentes que buscam se defender de processos administrativos (PAds), abertos com intuito persecutório e alguns sem sindicância. Esses processos chegam à justiça comum, criminalizando a atuação docente e gerando na universidade um clima de medo e desilusão. Ela também colocou o sindicato à disposição da comunidade acadêmica da UNILAB para atuar como uma “força coletiva” capaz de propiciar uma mudança institucional e lutar por democracia na universidade. “Contem com a ADUFC”, reforçou Irenísia.

Também estiveram representados na conversa dirigentes da APUB – Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (Sintufce), além de representações estudantis da UNILAB, incluindo coletivos de estudantes quilombolas, ciganos e internacionais.

Assédio moral é praticado coletivamente e sem pudor

A intransigência largamente denunciada nas falas foi confirmada durante a própria roda de conversa, que foi “invadida” por quatro representantes da administração superior. Sinalizando deboche e assédio, eles chegaram, sem convite, para o espaço, como um recado de que a reitoria tem ouvidos e olhos em toda a universidade. A presença dos asseclas do reitor visou constranger àqueles e àquelas que já sofrem violência institucional cotidianamente, sobretudo estudantes e docentes intimidados judicialmente por membros da administração superior.

Entre os encaminhamentos da atividade, estão a divulgação de nota oficial denunciando a precarização generalizada e a cultura institucional autoritária e persecutória da reitoria da UNILAB; organização de visita de uma comitiva do Ceará para o campus da universidade na Bahia visando construir uma agenda coletiva; estruturar um Observatório para fazer um levantamento dos casos de assédio e cobrar ações de prevenção e combate dessa prática; e reiterar o apoio a professores perseguidos pela reitoria, dentre outros. A ADUFC segue acompanhando a situação da UNILAB e reitera a solidariedade e o apoio à comunidade universitária.

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