A manifestação ocorreu na última segunda-feira (27), no Campus do Pici
A ADUFC esteve presente em ato promovido no curso de Economia Ecológica da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Campus do Pici, que contou com a presença de estudantes, professoras e professores na última segunda-feira (27). A comunidade acadêmica protestou contra o desmonte do projeto original da graduação e a perseguição institucional a docentes da unidade acadêmica. A manifestação foi um dos encaminhamentos da plenária realizada na sede do Sindicato, em Fortaleza, no dia 20 de novembro, reunindo professores/as, discentes e representantes da sociedade civil que atuam em questões socioambientais.
Outra deliberação da plenária foi a entrega de ofício ao reitor da UFC, Prof. Custódio. No documento, enviado em 21 de novembro, a coordenação do curso de EcoEco, o Centro Acadêmico Georgescu-Roegene e a ADUFC reivindicam audiência com a gestão superior da universidade para tratar das seguintes demandas: iniciar tratativas para criação de um Departamento de Economia Ecológica no CCA; vagas de docentes para Unidade Curricular – Limites Ecossistêmicos; aprovação da solicitação do Prof. Aécio Oliveira para atuar como professor voluntário da referida graduação; restabelecer a relação solidária com os docentes da FEAAC (ministrando disciplinas), enquanto não houver concurso específico da área de Limites Ecossistêmicos (professores Fábio Sobral, Júlio Ramon, Fernando Pires e Américo Moreira); e reabertura do laboratório de informática e da cantina no turno da noite.
A ADUFC denunciou em reportagem, no último dia 17 de novembro, a situação do curso de Economia Ecológica da UFC, que hoje enfrenta uma Diretoria autoritária no Centro de Ciências Agrárias (CCA) e que adota argumentação burocrática e tecnocrata para perseguir docentes que participaram da concepção da graduação. Também há outros percalços relatados, como infraestrutura precarizada, fragmentação das disciplinas em outros departamentos e falta de concurso público e de um quadro permanente de docentes. O Sindicato está acompanhando e denunciando a situação e abre suas portas para acolher estudantes, docentes e movimentos sociais comprometidos com uma ciência que questiona dogmas da economia tradicional, do crescimento desenfreado e da exploração da natureza.