A ADUFC vem a público reforçar o apelo coletivo por uma saída pacífica para os conflitos históricos no Oriente Médio, acirrados desde o último dia 7 de outubro. A reação do Estado de Israel aos ataques do grupo Hamas foi sangrenta e atingiu brutalmente o povo palestino, que vive um verdadeiro apartheid há décadas, vítima da opressão de longa data do governo israelense com a conivência de países imperialistas. Estima-se que a brutal reação israelense aos ataques tenha ceifado a vida de mais de quatro mil palestinos em Gaza, majoritariamente civis, incluindo crianças. Também nos somamos aos apelos de organizações sociais de todo o mundo para que seja garantido o corredor humanitário para permitir saída, assim como fornecer água, insumos básicos, remédios e comida ao povo palestino, que está cercado pela violência e pela destruição da guerra.
Outro aspecto alarmante deste conflito é a escalada da desinformação sobre a guerra. Ao mesmo tempo que temos acesso desenfreado e quase em tempo real a vídeos de bombardeios e outras cenas grotescas, o momento também carece de informações seguras sobre o que efetivamente está ocorrendo. A única certeza é que imperam violência, desumanização e completo desrespeito aos direitos humanos mais básicos. Parte desse cenário se deve à participação nebulosa de governos imperialistas nos conflitos, a exemplo dos Estados Unidos, que concentram as informações divulgadas mundialmente e cujo poderio econômico e militar é alimentado por guerras em diferentes regiões do planeta.
Uma negociação pacífica é a única saída aceitável para essa guerra sangrenta que ceifa a vida de milhares de pessoas e só resulta em destroços – de lares, famílias e perspectivas de futuro. Também urge garantir a liberdade para o povo palestino e a criação de seu Estado, reconhecido por diferentes autoridades internacionais e pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas nunca aceito pelo governo israelense. Ao longo das últimas décadas, o êxodo de palestinos intensificou-se e milhões permanecem refugiados em outros países. A outra parte segue encurralada em Gaza. Reiteramos o repúdio integral a todos os atos de terrorismo, inclusive estatal, praticados até aqui. Clamamos por uma mediação justa e humanitária para os povos que hoje choram seus mortos e lutam por paz.