Para garantir a recomposição salarial e os direitos das categorias do funcionalismo público, que amargaram perdas financeiras significativas ao longo da última década, a ADUFC se soma à mobilização nacional dos servidores/as públicos/as federais pela Campanha Salarial 2024. Compondo o Dia Nacional de Lutas, o sindicato dialoga, na próxima quinta-feira (10), a partir das 9h30, com a comunidade universitária em atividade a ser realizada no Bosque Moreira Campos da UFC (Centro de Humanidades 1), com distribuição e sorteio de materiais, debates, batuque do Caldeirão da ADUFC, participação da Banda Renegados e outras atrações culturais. A agenda é organizada em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce). A campanha nacional reivindica reajustes em dois blocos. O grupo que inclui docentes de universidades federais pede 39,92% parcelado em três anos.
O governo federal adiou para o dia 10 de agosto a próxima rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, relativa à Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais. Com isso, o calendário de lutas do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) foi atualizado em razão da nova data da mesa. A plenária online a ser realizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), marcada inicialmente para 1º de agosto, passou para 8/8. Já a reunião do Setor das IFES ocorrerá nos dias 19 e 20 de agosto, em Brasília, para avaliar os resultados da mesa de negociação e discutir os rumos da Campanha Salarial 2024.
Conforme a proposta apresentada pelas entidades sindicais ao governo na primeira reunião, o reajuste pedido para o grupo 1, formado por aqueles/as que conquistaram reajustes de 2013 a 2017 e em 2022, é de 53,17% (15,27% em 2024, 2025 e 2026 mais a inflação corrente do período); já o percentual cobrado para o bloco 2 totaliza 39,92% e é voltado para servidores que receberam reajustes de 2013 a 2019 e em 2022, com pagamento de 11,84% em 2024, 2025 e 2026 mais o IPCA acumulado no período. Docentes das universidades federais enquadram-se neste grupo.
“Os servidores públicos federais tiveram grandes perdas inflacionárias nos últimos anos. Estamos mobilizados no Brasil inteiro para recompor essas perdas salariais e garantir boas condições de trabalho nos serviços públicos, que são tão importantes para a sociedade”, destaca a presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira. O chamado também é reforçado pelo coordenador-geral do SINTUFCE, Wagner Pires. “Esse é um momento em que a defesa da educação e da universidade se faz pela valorização dos seus profissionais. Servidores técnicos e docentes caminham juntos pela recomposição salarial e por melhores condições de vida e trabalho”, disse.
Campanha salarial exige mobilização e unidade na luta
A mais recente reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente ocorreu no dia 25 de julho, em Brasília, com participação dos fóruns representativos das categorias (Fonasefe e Fonacate), centrais sindicais e governo federal. A pauta centrou-se na revogação de medidas consideradas antissindicais aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro e que atacam trabalhadores/as do serviço público. De acordo com o ANDES-SN, que esteve no encontro, dos nove pontos apresentados pelos/as servidores/as, o governo sinalizou revogar dois: a consignação sindical, medida que ataca a autonomia dos sindicatos, e a concessão de licença para mandatos classistas sem ônus para as entidades. Os demais serão analisados pelo Executivo federal.
Na última quarta-feira (2), o Fonasefe divulgou uma carta ao conjunto de servidores/as na qual afirma que a mesa de negociação da Campanha Salarial de 2024 indica pouca abertura do governo às negociações. “Isso exigirá mobilização permanente das categorias, pois as conquistas dependerão de nossa capacidade de pressão”, informa o texto. Neste momento, é fundamental construir uma unidade de luta com mobilizações por todo o país e em Brasília para pressionar pelo avanço das negociações. O atraso preocupa os/as servidores/as, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser votada até 31/8 no Congresso Nacional para que o reajuste seja assegurado na folha do próximo ano.
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