Nesta última semana, a ADUFC esteve representada em Brasília para participar da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que ocorreu no sábado (4) e no domingo (5). Na capital federal, a 1ª tesoureira do Sindicato, Profª. Ana Paula Rabelo, também acompanhou, na segunda-feira (6), agenda na Secretaria de Educação Superior (Sesu), do Ministério da Educação (MEC), para tratar das intervenções nas universidades federais. Além de representantes sindicais, estavam no encontro reitores/as eleitos/as e não empossados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em pauta, o respeito à autonomia e à democracia interna nas universidades e a cobrança da revogação imediata das nomeações de interventores empossados durante o governo passado.
Na audiência com a secretária da Sesu, Denise Carvalho, foi reivindicado o fim da lista tríplice e da legislação que determina que o processo de escolha de reitores seja referendado pelo governo federal. O Sindicato Nacional protocolou junto à Sesu um documento pedindo audiência no MEC para tratar das intervenções e de outros tópicos sobre o tema. Também reapresentou a pauta de reivindicações da categoria enviada no início do ano. De acordo com professores, a titular da Sesu sinalizou que o MEC pretende trabalhar, em articulação com o Congresso Nacional, para acabar com a lista tríplice.
Docentes ressaltaram ser inaceitável que interventores continuem atuando nas Ifes e aprovaram um dia nacional de luta contra as intervenções, em 4 de abril, mesma data em que deve ocorrer o Encontro das Universidades sob Intervenções, em Brasília, com a construção de uma audiência pública junto ao MEC. De 10 a 14 do mesmo mês está marcada a Semana de Luta e Ocupação das IFES, conforme deliberado na reunião do Setor das Ifes do ANDES-SN. Mais de 20 instituições de ensino superior passaram por intervenção bolsonarista nos últimos quatro anos, entre elas a Universidade Federal do Ceará (UFC), que permanece nesta situação desde agosto de 2019.