O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (16) um reajuste que varia entre 25% e 200% nas bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e na Bolsa Permanência. Os novos valores entram em vigor em março de 2023 e amenizam a defasagem financeira resultante de uma década sem reajustes. O anúncio oficial ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, ocasião em que Lula informou também o aumento no número de bolsas concedidas. As de mestrado (que sobem de R$ 1.500 para R$ 2.100), por exemplo, serão ampliadas de 48,7 mil para 53,6 mil, após queda na oferta nos últimos anos. As bolsas de doutorado saltarão de R$ 2.200 para R$ 3.100, enquanto nas bolsas de pós-doutorado o acréscimo será de 25%, saindo de R$ 4.100 para R$ 5.200.
Na graduação, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%, passando de R$ 400 para R$ 700. Os alunos de iniciação científica no ensino médio também foram contemplados. Serão 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência, que sobem de R$ 100 para R$ 300. Os reajustes das bolsas implicam aporte de R$ 2,38 bilhões em recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Esses investimentos vão suprir instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A secretária-geral da ADUFC, Profª. Helena Martins, esteve no Palácio do Planalto hoje (16), durante o anúncio do reajuste das bolsas da educação superior. “Há anos os valores não passavam por reajuste, o que precariza pesquisadores, inviabiliza a dedicação exclusiva de estudantes à pesquisa e compromete o desenvolvimento científico do país. O reajuste é uma medida importante a favor da educação pública”, destacou a docente, que foi a Brasília cumprir compromissos acadêmicos. Ela dialogou na ocasião com o ministro da Educação, Camilo Santana, com quem reforçou pessoalmente o pedido de audiência com o MEC, encaminhado há um mês pela ADUFC, para tratar de pautas relativas às universidades federais. Helena Martins também conversou com parlamentares cearenses, como a senadora Augusta Brito (PT), acerca da agenda em defesa da Universidade, que demanda ampliação de investimentos, recomposição salarial para os servidores públicos federais e respeito à democracia.