Estamos na contagem regressiva para a “Semana da Educação pela Democracia: em defesa da universidade e da carreira docente”, que ocorre de 22 a 26 de agosto na UFC, UFCA e UNILAB. Serão cinco dias de atividades nos diferentes campi e fora dos muros da universidade para denunciar as condições enfrentadas no ensino superior público e o desmonte promovido pelo governo Bolsonaro na educação e nos serviços públicos. A programação da Semana conta com debates, rodas de conversa, ato unificado da educação, Assembleia Geral docente e atividades culturais.
O corte bilionário de verbas para a educação ameaça o funcionamento de universidades e institutos federais. Professores estão com salários congelados enquanto denúncias dão conta de corrupção no Ministério da Educação (MEC). Estamos mobilizando também diferentes entidades do setor da Educação para fortalecer a luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Paralisaremos as atividades, mas ocuparemos a universidade: teremos panfletagens, visitas às salas de aula e conversas.
A mesa de abertura debaterá transformações no capitalismo, digitalização e mudanças no mundo do trabalho, no dia 22/8, às 14h, com local a ser confirmado. A palestra será ministrada pelo Prof. Marcio Pochmann, docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Fundação Perseu Abramo e ex-secretário municipal de São Paulo. Publicou dezenas de livros sobre Economia, sendo agraciado três vezes com o Prêmio Jabuti.
No dia 25 de agosto, o movimento unificado Educação em Defesa da Democracia vai à Praça do Ferreira, em Fortaleza, a partir das 9h, para dialogar com a sociedade. Também convidamos professores a apresentarem pesquisas e projetos realizados na universidade que impactam a sociedade. Sem recursos financeiros, pesquisadores não produzem ciência. Sem assistência estudantil, estudantes das camadas mais populares não conseguem se manter na universidade. O desmonte do ensino superior público traz consequências graves para todo o país.
Já está na programação a conferência “Teimoso esperançar: mulheres Sem-Terra do Ceará e a construção do futuro”, na segunda-feira (22), promovida pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFC. A atividade terá início às 9h no Auditório Rachel de Queiroz, no Centro de Humanidades II. No dia seguinte (23), às 10h, terá a roda de conversa “A gente quer comida, diversão e arte”, com Mateus Fazendo Rock, Mumu, Má Dame e Nego Gallo. A atividade será mediada pela Profª. Silvia Belmino, no Instituto de Cultura e Arte (ICA).
A Semana contará com a mesa “Impactos dos cortes na Ciência e na Tecnologia”, no dia 24/8, às 10h, no Centro de Ciências da UFC. Os debatedores serão Luiz Drude, diretor científico da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap); Prof. Luiz Gonzaga Lopes, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC e integrante da Sociedade Brasileira de Química; e Claudener Teixeira, representante da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidade Federal do Cariri (UFCA).
Outra agenda marcada é um debate no dia 24 de agosto, às 15h45, promovido pelo Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará, em celebração aos dois anos de atuação do coletivo. Participam o presidente da ADUFC-Sindicato, Prof. Bruno Rocha, e Silvia Helena Alencar, do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita).
Também está prevista programação no interior. No Cariri, haverá uma conversa, no dia 23 de agosto, às 9h30, com a Assessoria Jurídica da ADUFC sobre o tema “O que os docentes precisam saber sobre as mudanças na aposentadoria”, no Auditório da ADUFC. No mesmo dia e local, haverá o Cine Clube da ADUFC, durante a tarde. Também estão previstos projeção de fotografias da UFCA, debate sobre os rumos da universidade, mostra dos projetos da UFCA e lançamento de livro.
A adesão à paralisação foi aprovada na última Assembleia Geral da ADUFC, em 29 de junho, e está alinhada à mobilização nacional liderada pelo ANDES-SN e outras entidades sindicais. No centro das reivindicações, estão os cortes do governo Bolsonaro na educação, que impactam profundamente as universidades federais; a privatização das universidades públicas; a luta por recomposição salarial dos servidores públicos federais; as denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC), dentre outras.