Cinco representantes docentes foram eleitos, na última terça-feira (21/6), para o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Ceará (UFC): Glícia Maria Pontes Bezerra (Dept. de Publicidade e Propaganda/ICA), Júlio Francisco Barros Neto (Dept. de Estatística e Matemática Aplicada), Max Eduardo Vizcarra Melgar (Campus Itapajé), Raimundo Nogueira da Costa Filho (Dept. de Física) e Roberto Cabral Rabêlo Filho (Curso de Sistemas de Informação/Campus Quixadá).
A ADUFC-Sindicato parabeniza os professores e ressalta a responsabilidade dos eleitos em representar a categoria na defesa de uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Também oferece apoio aos conselheiros e conselheiras que se posicionam a favor da democracia universitária e levarão essa atuação para o Conselho. Sabemos dos desafios de ocupar uma cadeira no Consuni nestes tempos, uma vez que o próprio interventor da UFC preside o colegiado, cuja composição foi alterada artificialmente, tendo em vista a não convocação de estudantes e técnicos-administrativos, a não convocação de reuniões e a forma remota com que o Consuni segue operando, método que tem esvaziado a discussão sobre a universidade.
“As ameaças aos princípios democráticos e a situação de crise vivenciada nas universidades públicas federais brasileiras exigem de cada um de nós uma postura combativa e propositiva no sentido de defender nossas conquistas históricas e denunciar os retrocessos”, defendeu a Profª. Glícia Pontes, uma das conselheiras eleitas, ao se candidatar para a vaga. Também eleito para o conselho, o Prof. Roberto Cabral ressaltou: “sendo o Consuni o órgão deliberativo e recursal máximo da Universidade, acredito na importância de ocupar este espaço institucional, visando à defesa da democracia, dos direitos sociais e da luta pelo direito à educação e pela universidade pública”.
O Prof. Julio Barros, recém-eleito para o Consuni, reforçou, em sua candidatura, o compromisso com a “autonomia universitária, a gestão participativa, as decisões colegiadas, a democracia universitária e os princípios éticos e morais”. O docente presidiu o Conselho Fiscal da ADUFC no último biênio (2019-2021).
Com a intervenção do governo Bolsonaro instalada na UFC há três anos, a reitoria tenta silenciar a comunidade universitária nos conselhos superiores. Mais uma vez, o processo eleitoral ocorreu de forma atropelada e com prazo exíguo para todas as etapas previstas. O edital foi divulgado apenas três dias antes das inscrições para o Colégio Eleitoral. Já as candidaturas para conselheiro do magistério superior só puderam ser realizadas em um único dia.