Nesta sexta-feira, 10 de junho, a intervenção bolsonarista na UFC, em mais uma ação antissindical, atacou a ADUFC-Sindicato e movimentos sociais, por meio de postagens em grupos de WhatsApp de professores e vídeo do próprio interventor, Cândido Albuquerque.
Eles acusam a entidade representativa dos docentes das universidades federais do Ceará de ter pichado muro e letreiro da UFC existentes na entrada da Reitoria, no Benfica. Além de associar a pichação à ADUFC, também vinculou o ato a estudantes, professores e técnicos que se mobilizaram em defesa da educação, no dia 9 de junho, em Fortaleza.
Os ataques da intervenção se tornaram repetitivos, agressivos, grosseiros. Mas, desta vez, é também patético. O falso “reitor”, agora também falso “pintor”, tenta demonstrar compromisso com a UFC, ao passo que corta contratos de trabalhadores/as que atuam na manutenção da universidade.
Longe de um trabalhador da construção civil, na verdade, sabe-se muito bem que não passa de um bajulador de empresários do setor, a quem costuma distribuir títulos acadêmicos como se fossem brindes. Trata-se de uma figuração risível, tentando passar uma imagem distorcida do que ele efetivamente representa na UFC.
A intervenção na UFC ataca a ADUFC e movimentos sociais porque apoia a privatização das universidades públicas, demonstrando mais uma vez seu alinhamento com o projeto bolsonarista de destruição da Universidade pública e ameaça à democracia. Expressão disso, a intervenção tem se negado a apresentar dados sobre os impactos dos cortes do governo federal na principal universidade cearense, mesmo quando questionada pela imprensa.
A intervenção na UFC, sem legitimidade e eleita por menos de 4% de votos da comunidade acadêmica, ataca a ADUFC porque a atual diretoria tem legitimidade e foi eleita por 70% dos mais de 2.500 professores e professoras filiados/as.
A intervenção na UFC, incompetente em assumir atribuições, ataca a ADUFC porque o sindicato denuncia o sucateamento da universidade, as más condições de trabalho, o corte de verbas, corte de bolsas.
A intervenção na UFC, filhote da ditadura, ataca a ADUFC porque a entidade denuncia a censura na Universitária FM.
A intervenção na UFC, verdadeira vândala da universidade, ataca a ADUFC porque é pária no meio acadêmico, demonstrando isolamento e desespero com o colapso do atual governo que se anuncia.
A atual diretoria da ADUFC, legítima representante dos docentes da UFC, UNILAB e UFCA, não se intimidará com os ataques, repudia mais uma ação antissindical e comunica à sociedade que continuará atuando em defesa do ensino superior público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado, além da defesa intransigente da democracia.
Fortaleza, 10 de junho de 2022
Diretoria da ADUFC-Sindicato
Gestão Resistir e Avançar (Biênio 2021-2023)