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8M NO CEARÁ – Mulheres vão às ruas contra machismo, racismo e fome e por Fora Bolsonaro; ADUFC participou dos atos

Professoras/os da ADUFC-Sindicato participaram da organização, ao lado de outras entidades, e estiveram presentes nos atos do 8 de março deste ano, que lembraram o Dia Internacional de Luta das Mulheres e trouxeram como pauta central o enfrentamento ao governo Bolsonaro e às mazelas sociais potencializadas pela sua gestão. Em Fortaleza, a atividade ocorreu na Praça do Ferreira, onde o sindicato marcou presença com uma tenda de apoio às/aos docentes com distribuição de água potável, máscaras PFF2 e álcool em gel. Já no Cariri o ato foi realizado em frente à Prefeitura do Crato, no Largo Júlio Saraiva.

Para a vice-presidente da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, que se somou à agenda do #8M em Fortaleza, os movimentos feministas têm papel fundamental no combate a um governo federal fascista e misógino como o atual. “Hoje nós temos uma tarefa histórica de dar um basta nesse governo para podermos avançar em pautas importantes, nas defesas de nossas vidas, da nossa igualdade de gênero, do respeito à figura da mulher”, destacou. “Tenho certeza que as mulheres terão um papel fundamental na derrota de Bolsonaro e de tudo que ele representa, o machismo e a opressão patriarcal, que são mazelas da sociedade brasileira”, complementou.

A docente lembrou que as mulheres já estão na luta contra a política destrutiva de Jair Bolsonaro antes mesmo de ele assumir o governo federal, a partir das manifestações do #EleNão, em 2018, que precederam as eleições presidenciais. “As mulheres já sabiam disso e se organizaram antes deste governo Bolsonaro, em 2018. Desde então esses movimentos foram bastante ativos ao longo do governo, se fortaleceram, cresceram”, disse.

A opinião é partilhada pela Profª. Ana Paula Rabelo, 1ª tesoureira da ADUFC, uma das organizadoras da agenda do #8M no Ceará. “O 8 de março traz essa discussão numa perspectiva muito importante, porque discutimos contra o machismo, o racismo e a fome”, reforça. Ela explica que essa discussão coloca em xeque a posição do governo federal. “Quem é o governo Bolsonaro e o que ele fez para o povo brasileiro? Como ele destrói o nosso Estado? Tudo isso está sendo discutido de modo a fragilizar ainda mais um governo que não se coloca na luta em defesa dos direitos humanos, dos povos indígenas, nos negros, dos quilombolas e de todos que estão lutando para assegurar uma vida de qualidade para as pessoas, principalmente para as mulheres”, acrescenta.

Professora aponta machismo e barreiras enfrentadas por mulheres cientistas

A Profª. Gisele Lopes, que também integra a Diretoria da ADUFC, aponta que o 8 de março traz à tona as desigualdades de gênero nas diferentes esferas e cita o exemplo das barreiras impostas às mulheres na ciência, especialmente as mães. “Ser mulher e cientista é um desafio duplo em um país majoritariamente governado por machistas e negacionistas. A sociedade impõe às mulheres a tarefa de cuidar em detrimento à profissão. A maternidade é um exemplo de que, embora esse tema esteja avançando na comunidade científica, ainda requer ampla discussão por melhores condições sem prejuízos à carreira científica”, disse.

Na Praça do Ferreira, em Fortaleza, também ocorreu um diálogo com o tema “Pela vida das mulheres contra o machismo, o racismo e a fome”. Entre as debatedoras: Profª. Zuleide Queiroz, do ANDES-Sindicato Nacional e do movimento Resistência Feminista; Mariana Lacerda, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM); e Andréia Castro, do Movimento das Trabalhadoras sem Terra (MST/CE). Após as falas, houve um cortejo pelas ruas do Centro e, por fim, atividades culturais para encerrar o evento.

Já no ato do Cariri foi reforçado o manifesto “Pela Vida das Mulheres. Fora Bolsonaro e o bolsonarismo. Por um Brasil sem machismo, racismo, LGBTfobia e sem fome. Ele nunca mais!”, assinado por entidades da região, e que relembram que, antes mesmo de Bolsonaro assumir o poder, as mulheres já ocupavam as ruas contra a tragédia que esse projeto representava para a vida do povo brasileiro. 

As entidades que assinaram o manifesto no Cariri estão alinhadas àquelas que compõem a Articulação Nacional de Mulheres Bolsonaro Nunca Mais e que lançaram documento semelhante em fevereiro último. Em ambos os textos, as mulheres também destacam o papel feminino, ainda no período eleitoral, na luta incessante contra o que representaria um possível governo Bolsonaro. O Ceará ocupa o terceiro lugar no Nordeste em casos de violência contra a mulher e nas cidades da Região do Cariri, como aponta o manifesto também assinado pela ADUFC, os equipamentos públicos seguem funcionando precariamente. 

A sede da ADUFC em Fortaleza também foi um dos locais disponibilizados pela ação de solidariedade de movimentos organizados em prol das mulheres em situação de vulnerabilidade, na arrecadação de itens de higiene pessoal ou valores em dinheiro para a compra e montagem de kits de autocuidado para mulheres.

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

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