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NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA! – Por que aderir à Greve Geral do Serviço Público na próxima quarta-feira, 18 de agosto

Na próxima quarta-feira, 18 de agosto, todo o serviço público vai paralisar por 24 horas, como parte da agenda de mobilização nacional contra a aprovação da PEC 32/2020, que trata da Reforma Administrativa. E a ADUFC-Sindicato, seguindo deliberação do Conselho de Representantes e da Assembleia Geral da entidade, participará da Greve Geral do Serviço Público, que tem como principal bandeira o enfrentamento ao desmonte do serviço público, mas também denunciará outros ataques do Governo Federal.

As atividades do dia 18 incluem passeata saindo da Praça da Imprensa, em Fortaleza, às 8h, até a Assembleia Legislativa do Estado, onde ocorrerá, às 15h, audiência pública virtual, articulada pelo Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará. Para participar do ato presencial, é essencial o uso de máscara PFF2 e reforçar todos os cuidados sanitários para prevenção da Covid-19, como manter o distanciamento social e portar álcool gel. Serão convidados para a audiência pública todos/as os/as deputados/as federais do estado. 

A greve é um dos encaminhamentos do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, que ocorreu nos últimos dias 29 e 30 de julho e definiu ações emergenciais contra a PEC 32. O Dia Nacional de Luta e Paralisações contará com a adesão de servidores/as públicos/as das três esferas: municipal, estadual e federal. Também estarão na pauta de reivindicações o combate às privatizações e ao aumento da inflação, bem como a defesa do auxílio emergencial de R$ 600, de políticas de geração de empregos e de vacina para toda a população brasileira. Não são poucos os motivos para aderir à Greve Geral do Serviço Público. Veja abaixo algumas razões que listamos:

1. A aprovação da Reforma Administrativa do Governo Federal afetará toda a população brasileira, e não apenas o serviço público.

Ao contrário do que dizem Jair Bolsonaro e setores do Congresso Nacional, caso seja aprovada, a PEC 32 vai impactar toda a população brasileira, e não apenas trabalhadores/as do serviço público. Ao atacar servidores públicos, a proposta compromete os serviços oferecidos à população, especialmente nas áreas essenciais, como saúde e educação. Isso representa menos médicos, enfermeiros, professores e outros profissionais nas unidades de saúde, escolas e universidades. Por isso, essa luta deve ser abraçada por toda a sociedade!

2. A Reforma Administrativa escamoteia a ausência de uma política federal de geração de empregos e de garantia de direitos da classe trabalhadora.

Bolsonaro tenta aprovar uma contrarreforma administrativa que vai destruir o serviço público e as condições de trabalho dos servidores/as com o argumento de ajustar as contas fiscais e acabar com “privilégios” no setor público. Na verdade, o Governo Federal utiliza essa justificativa falaciosa para camuflar o seu total descompromisso com os direitos da classe trabalhadora e a ausência de uma política de geração de empregos quando o país mais precisa. O presidente da República ataca os direitos trabalhistas enquanto recria um Ministério do Trabalho que não servirá para dialogar com o movimento sindical ou reparar direitos que foram retirados nos últimos anos. Em vez disso, vai trazer de volta a carteira verde amarela, que é a carteira de trabalho sem direitos efetivos.

3. Protestar e denunciar o governo Bolsonaro é defender a democracia do país.

O Brasil vive, hoje, uma ameaça democrática, através de um poder Executivo federal que atenta contra todas as forças democráticas do país, incluindo o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Com uma atuação absolutista, Jair Bolsonaro e sua tropa seguem exterminando direitos de toda a classe trabalhadora, silenciando opositores e atacando as instituições democráticas por meio de ameaças de um golpe ditatorial.

4. Só a mobilização popular é capaz de barrar esse projeto ultraliberal de privatizações que avança no país.

O governo Bolsonaro avança em seu projeto ultraliberal e entreguista, e o foco da vez é a privatização dos Correios. No último dia 5 de agosto, a Câmara Federal aprovou o projeto de lei (PL) 591/2021, do Poder Executivo, que autoriza a exploração pela iniciativa privada de todos os serviços postais. Na prática, a medida viabiliza a privatização do equipamento, que tem 358 anos de história e tradição no Brasil. Só por meio de ampla mobilização popular será possível barrar o avanço desse projeto, que agora vai ser votado no Senado Federal. Precisamos amplificar nossas vozes, pressionar senadores e dizer que o povo brasileiro não quer entregar os Correios e outras empresas públicas  à iniciativa privada. 

5. Reforçar a mobilização nacional Fora Bolsonaro é denunciar a corrupção deste governo federal e o descaso com a vida.

Já são mais de 567 mil mortes por Covid-19 no Brasil, e o que se constata dia após dia é um governo federal descompromissado com a vida e os direitos sociais. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Pandemia no Senado expuseram denúncias que grande parte da população já sabia: o governo de Jair Bolsonaro ignorou todas as tratativas para comprar vacina para o país e, pior, envolveu-se em diferentes escândalos de corrupção que não apenas atrasaram a compra dos imunizantes como levaram a um prejuízo financeiro e humano incalculável. Precisamos sair às ruas, paralisar as atividades e denunciar os esquemas de corrupção e outros crimes praticados deliberadamente pelo Governo Federal.

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

Av. da Universidade, 2346 – Benfica – Fortaleza/CE
E-mail: secretaria@adufc.org.br | Telefone: (85) 3066-1818

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