Há três meses imersa em uma investigação sobre a situação das universidades federais do interior nordestino, a Retruco – agência de jornalismo independente – destacou, nesta quinta-feira (22/4), cinco instituições fora das capitais nordestinas que passam por momento de instabilidade política. A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) foi apontada como uma delas, “politizada, porém frágil”.
Na reportagem Universidades vivem momento de instabilidade política no interior do Nordeste, os/as jornalistas sinalizam que elas foram criadas para “descentralizar polos econômicos e florescer as potencialidades da região em todas as partes”, mas que a política da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tem afetado a pesquisa desenvolvida por essas instituições, provocando ainda mais desigualdades e elitismo na ciência brasileira.
Especificamente em relação à UNILAB e seus três campi cearenses e um em território baiano, a matéria enumerou situações de desrespeito à proposta da instituição e o histórico de perseguições, citando ainda o acompanhamento da ADUFC-Sindicato a esses processos. O texto aborda ainda as preocupações apontadas pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com as intervenções nas universidades públicas federais.
A reportagem especial integra uma série que já vem sendo divulgada também nos boletins eletrônicos semanais da ADUFC e que mostra como o Governo Federal tem interrompido um ciclo de duas décadas de avanços na interiorização do ensino superior do Nordeste. Uma semana atrás (16/4), o Boletim 15 trouxe a indicação de leitura de matéria que envolvia perdas na UFCA com políticas de cortes nas bolsas da Capes – 84% em quatro anos. Anteriormente, o Boletim 13 também trouxe a primeira matéria da série da Retruco sobre o assunto.
(*) A reportagem completa pode ser lida no site da Agência Retruco