Estamos enviando esta mensagem para esclarecer que o e-mail adufc.independente@gmail.com não é enviado pela ADUFC-Sindicato. O nome de fantasia tem confundido os destinatários. Mas não apenas o nome, também as informações que ele veicula podem confundir os filiados. Por isso, pedimos sua atenção para os esclarecimentos abaixo, corrigindo informações falsas ou deturpadas, veiculadas pelo email “adufc.independente”:
“A direção expôs apenas uma visão da questão” – MITO
A diretoria convocou uma reunião ampliada do Conselho de Representantes, que ocorreu no dia 24 de novembro, e convidou um a um todos os filiados que assinaram uma primeira mensagem com questionamentos ao plebiscito. Poucos estiveram nessa reunião e na plenária que o Conselho aprovou, depois de adiar o plebiscito, para ampliar o debate. Na reunião do Conselho, apenas um filiado falou pelo “Não”; já na plenária, dois filiados. Nenhum deles articulou argumentos sobre a questão em debate, apenas se declararam contrários. O Conselho não se convenceu de que deveria disponibilizar a comunicação da entidade a pedido de um ou dois filiados, para veicular “visões” que não se apresentam ao debate público. Os conteúdos veiculados pela ADUFC foram aqueles que se apresentaram para o debate nos espaços abertos e coletivos dos órgãos deliberativos do sindicato. O teste do debate coletivo tem sido uma boa forma de combater a desinformação e promover a comunicação responsável.
“O sindicato estadual é de base e mais democrático” – MITO
Esse é um mito que não resiste ao teste da realidade. A ADUFC foi estadualizada por diretorias que não acreditavam em construção coletiva, que se mostraram autoritárias e sempre preferiram decidir sozinhas a consultar suas bases. As decisões no ANDES-SN são tomadas sempre a partir das decisões de assembleias de base. Essa necessidade de consultar e aprovar em assembleias locais, para construir o movimento docente nacional, incomodava os que queriam e continuam querendo decidir sem se apresentar ao debate público e sem decisão coletiva. As duas últimas diretorias da ADUFC, compostas por adeptos do sindicato estadual, chegaram a ficar mais de um ano sem convocar assembleias e deixaram até de prestar contas, enquanto esvaziavam os cofres da entidade. Foi também a última diretoria adepta do sindicato estadual que decidiu sozinha, sem plebiscito, sem decisão do Conselho ou da Assembleia Geral, refiliar-se ao PROIFES e transferir valores para essa entidade até quando não houve mais dinheiro para transferir.
“Tornar-se seção sindical é abrir mão da autonomia jurídica, administrativa, patrimonial e política garantidas pelo Registro Sindical desde 18 de outubro de 2011” – MITO
A seção sindical é tão ente sindical quanto o sindicato estadual, com a mesma autonomia e prerrogativas. A ADUFC foi seção sindical do ANDES-SN até 2010 e nunca teve nenhuma restrição por causa disso; assim como, ao se tornar sindicato estadual, não aumentou em nada suas possibilidades de ação. A única vantagem do sindicato estadual, segundo o e-mail anônimo, é poder se vincular a “quaisquer entidades nacionais”, como o PROIFES, por exemplo, a federação que, esta sim, suspeita-se que não tenha nenhum registro sindical, porque nunca apresenta o documento quando solicitada. De fato, sendo seção sindical do ANDES, que só aceita filiação mediante decisão de Assembleia Geral, não seria possível a qualquer diretoria decidir sozinha se filiar a uma entidade sem critérios democráticos e lhe fazer aportes em dinheiro.
“Um sindicato sectário em que as decisões vêm de cima para baixo, definidas por uma burocracia nacional que se perpetua no poder” – MITO
Todas as frases de demonização raivosa do ANDES-SN são mentirosas, mas destacamos esta que é especialmente falaciosa por seu enunciador oculto, adepto histórico do sindicalismo de cúpula. As decisões no ANDES não vêm de cima para baixo. O órgão máximo de decisão da ADUFC, como seção sindical do ANDES-SN, continua sendo sua Assembleia Geral. O caminho é contrário. Uma decisão da Assembleia Geral local pode influir nas decisões coletivas nacionais; mas a decisão coletiva nacional não obriga que a seção sindical adote as mesmas posições ou tome as mesmas decisões que as do coletivo nacional. A autonomia da seção sindical é inteiramente preservada. É essa possibilidade de incidirmos nas decisões coletivas nacionais sobre pautas, estratégias e ações de luta que ganharemos com a refiliação ao ANDES.
“Se fosse pela (sic) ANDES não teria sido criada…” – MITO
As lutas pela carreira são lutas históricas do ANDES-SN. O PROIFES, que gosta de assumir os louros pelas conquistas das lutas de outros, foi o grande responsável pela desestruturação de nossa carreira. Enfronhado dentro do governo, oferecendo opiniões e serviços, ele influenciou mal o Ministério da Educação em pontos importantes sobre a carreira docente. Assim como dividiu o movimento docente nacional, o PROIFES contribuiu para uma noção de carreira que dividia os docentes e promovia uma absurda lógica de competição entre eles. Com isso, contribuiu para fragilizar a própria noção de carreira docente nacional, sem se importar com os reflexos negativos que a desestruturação da carreira poderia ter para o modelo de universidade pública nacional, agora sob ataque.
“A proposta do plebiscito é ilegal” – MITO
A proposta de retorno ao ANDES é tão legal que a ADUFMS já fez esse mesmo caminho, sem nenhum percalço jurídico. A afirmação é mentirosa e constitui chantagem com os docentes, apelando ao legalismo para tolher a autonomia da categoria. Aqui os defensores de uma suposta independência se desmascaram. A categoria é livre, autônoma e independente para decidir a forma de organização que considere mais efetiva na luta por direitos, pela carreira docente e pela universidade pública e gratuita.
“O plebiscito não é boa prática democrática” – MITO
Este plebiscito é democrático, principalmente porque a ADUFC abriu todos os espaços de discussão que poderiam ser abertos, antes de realizá-lo. Reuniões nos locais de trabalho, plenárias, reuniões abertas do Conselho de Representantes, Assembleias Gerais. Esses que desqualificam e atacam as reflexões e as decisões dos órgãos deliberativos coletivos do sindicato, como alertou um professor na última plenária, estão manipulando os processos democráticos para destruir a democracia da entidade.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2020
Diretoria da ADUFC-Sindicato
Gestão Resistir é Preciso (Biênio 2019-2021)