“A política autoritária de intervenção nas universidades federais do governo Bolsonaro já produz efeitos antidemocráticos em cadeia. Na Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a gestão de um interventor desde agosto do ano passado, cinco professores da Faculdade de Direito (FADIR) são vítimas de Processos Administrativos Disciplinares questionáveis. A justificativa para os PADs é ‘insubordinação grave’, mas os fatos apresentados não mostram insubordinação e, sim, reforçam o comportamento autoritário da gestão da universidade”.
O trecho acima integra uma reportagem de quatro páginas da mais recente edição do Jornal da ADUFRJ (SSind – Seção Sindical dos Docentes da UFRJ), que apresentou um panorama nacional da nomeação de reitores e diretores-gerais de universidades e institutos federais no governo Bolsonaro. E aponta ainda: o ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que não tem qualquer compromisso em nomear os vencedores das eleições nas universidades e institutos.
“Ele (ministro) admitiu que não entende a importância da democracia interna para o funcionamento das universidades”, reforça a publicação, que traz ainda duas páginas aprofundando as discussões sobre o autoritarismo e as perseguições políticas na UFC – numa delas, uma análise da vice-presidente da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, sobre o primeiro ano de intervenção.
(*) A versão em pdf da edição nº 1.149, do Jornal da ADUFRJ, publicado no dia 2/10/2020, pode ser acessada AQUI.