Neste 19 de agosto de 2020, a intervenção na Universidade Federal do Ceará (UFC) completa um ano. Filha carnal do bolsonarismo, a gestão de Cândido Albuquerque repete localmente o estilo autoritário e agressivo do Planalto. Porém, este ano que passou não foi somente de ataques à democracia e à autonomia universitária. Apesar do interventor e de suas tentativas de nos calar, estivemos juntos na luta, professores/as, estudantes e técnico-administrativos/as, junto à sociedade cearense, defendendo a universidade de uma gestão que coloca em risco um projeto público bem-sucedido de educação democrática e de produção científica.
Denúncias e alertas sobre o autoritarismo na UFC seguem desde o início da intervenção. Mas vêm sendo reforçadas em oposição contundente à narrativa de comemoração capitaneada pelo interventor. Manifestações em notas oficiais, em artigos e entrevistas à imprensa, em farto material publicado nos sites e redes sociais da ADUFC, do SINTUFCE e do DCE, e mesmo nas ruas, dão conta de denunciar os prejuízos de uma gestão unilateral e de lutar contra ela.
Quem trafegou na noite desta quinta-feira (20/8), por exemplo, pelo fim da Avenida da Universidade e início da rua General Sampaio, no Centro de Fortaleza, deparou com mais uma manifestação de professores/as denunciando a intervenção na UFC. À altura das ruas Meton de Alencar e Antônio Pompeu, a ADUFC realizou projeções nos prédios da Faculdade de Direito e Caixa d’água, relembrando a “gestão do contra” de Cândido Albuquerque.
Nossa luta diária pela democracia e em defesa da UFC já era latente antes, mas também completa 1 ano que se intensificou e não vai parar. Porque SOMOS MUITOS.
A ADUFC enfatiza que vai continuar a defender uma gestão democrática e não unilateral da UFC e vai seguir cobrando da administração respostas aos problemas da comunidade acadêmica como forma de garantir a universalização do ensino e também a qualidade do ensino prestado na universidade.