O governo ilegítimo de Michel Temer sofreu nesta segunda-feira (19) o maior revés desde que assumiu a presidência da República.
Diante da falta de votos para aprovar a nefasta Reforma da Previdência, o governo federal buscou uma saída desesperada para escapar do vexame no Plenário do Congresso e lançou mão de um Decreto de Intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro.
A Constituição Federal proíbe a apreciação e votação de Emendas em caso de intervenção em estados da federação. A Reforma da Previdência seria feita por meio de uma Emenda à Constituição, daí a justificativa encontrada para “suspender” a votação até que acabe a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Todavia, por trás da farsa do governo está a verdadeira vitória das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros que mostraram aos governantes de plantão que o povo nas ruas mobilizados em torno dos seus direitos faz prevalecer a vontade da maioria.
Nós da Adufc-Sindicato temos travado uma guerra permanente contra a proposta de Reforma da Previdência desde que a mesma foi apresentada formalmente à sociedade. Nos posicionamos logo no primeiro momento radicalmente contra qualquer mudança no Sistema de Previdência Social, porque entendemos que os trabalhadores têm direito a uma aposentadoria dentro das atuais regras da previdência.
Fomos às ruas, participamos de diversas manifestações em Fortaleza e também na capital federal; enviamos carta endereçada a todos os parlamentares federais do Ceará informando a posição contrária à Emenda da Reforma da Previdência.
Também integramos as Frentes em Defesa do Serviço Público e da Seguridade Social; promovemos debates e seminários sobre o tema e ainda patrocinamos campanhas publicitárias alertando a categoria e a população acerca dos malefícios da Reforma da Previdência.
Felizmente os nossos esforços, combinados com as centrais sindicais, as frentes, e outros sindicatos de professores foram frutíferos. Ganhamos a primeira batalha, conseguimos afastar, pelo menos momentaneamente, a votação dessa reforma no Congresso Nacional.
Porém, essa vitória não pode ser encarada como final, ao contrário, precisamos manter a mobilização e a vigilância. Os poderosos que estão por trás da Reforma da Previdência, os banqueiros, as grandes seguradoras e a elite empresarial conservadora vão continuar pressionando os parlamentares e o governo federal para aprovar a Reforma da Previdência.
Em 2018 haverá eleições para os legislativos e executivos estaduais e para a presidência da República, vamos ficar atentos para cobrarmos dos candidatos que não apoiem medidas que retirem os direitos dos trabalhadores.
Vamos em frente porque a luta continua!!
A Diretoria