O presidente da Adufc-Sindicato, professor Enio Pontes, conduziu na manhã desta terça-feira (10), Assembleia Extraordinária, na sede do Sindicato, com a finalidade de apreciar e aprovar as negociações feitas entre o Sindicato e a Unimed-Fortaleza para a definição do reajuste a ser aplicado, em 2017, aos planos de saúde dos professores sindicalizados.
Após quase três meses de reuniões com executivos da Unimed-Fortaleza, o índice ficou em 10%, considerado “muito bom” pelos professores que, em 2016, experimentaram um reajuste de 17,5%. A professora Neile Torres, que participou intensamente das negociações disse que as negociações tiveram um “retardo”, mas que talvez isso poderia ser resolvido se as reuniões tivessem começado mais cedo.
“Nós começamos a negociar em agosto, nós pedimos muitos dados, a respeito das despesas, o quanto aumentou, a respeito das tabelas, foram várias reuniões”, explicou.
Em agosto a Unimed-Fortaleza apresentou à diretoria da Adufc-Sindicato proposta de 19% de reajuste para os contratos, conforme o índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão que regula e fiscaliza a atividade dos planos de saúde no país. De acordo com o presidente do Sindicato, professor Enio Pontes, a proposta foi “de pronto rejeitada” pela diretoria que nomeou uma comissão para negociar diretamente com a Unimed-Fortaleza.
A comissão designada pela Adufc-Sindicato foi composta pelos professores Neile Torres (Faculdade de Medicina), Sérgio Cardoso (Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade – Feaac), Maria Gorete Ribeiro (Medicina Clínica), Giovani Barroso (Departamento de Física), Gregório Pacelli Bessa (Departamento de Matemática) e Lígia Fidelis (aposentada departamento de Ciências Agrárias).
O professor Sérgio Cardoso, integrante da comissão que analisou a proposta da Unimed-Fortaleza, fez uma apresentação técnica acerca das negociações e destacou a forma “transparente” pela qual as conversas com a empresa se conduziram. “Todos os anos a gente pede todas as informações, eles sempre são muito solícitos e a discussão é sempre muito aberta”.
Todavia, o professor Sérgio Cardoso afirmou que a “discussão é sempre complicada”. Segundo ele é difícil tentar estimar quanto serão os reajustes das despesas do ano seguinte. Ele utilizou alguns gráficos para explicar as variáveis que são levadas em conta na negociação e a dificuldade de chegar a um número satisfatório. “As despesas médicas correm ao lado da evolução dos preços, apesar da inflação baixa”, explicou.
Para o professor Sérgio Cardoso a variável mais importante é a comparação entre a receita e as despesas. Ele explicou que a “sinistralidade” é a parcela que mais pesa no cálculo do reajuste. “A sinistralidade e o percentual da receita da Unimed que é utilizada para pagar as despesas assistenciais. De cada 100 Reais que a Unimed recebe, ela só pode gastar até 70 Reais para pagar despesas assistenciais”.
Ao finalizar, o professor Sérgio Cardoso mostrou a evolução dos reajustes praticados pela Unimed-Fortaleza de 2013 a 2016 e destacou algumas peculiaridades, como o reajuste de 2015, que ficou em 5%, em razão da diminuição da sinistralidade daquele período. Entretanto, no ano seguinte, o reajuste disparou, chegando a 17,5%.
Evolução dos reajustes | |||
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2013 | 13,5% | ||
2014 | 12,% | ||
2015 | 5% | ||
2016 | 17,5% | ||
2017 | 10% |
Reitor recebe diretoria da Adufc
O presidente da Adufc-Sindicato, professor Enio Pontes, juntamente com a vice-presidente, professora Helena Serra Azul, foram recebidos pelo Reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), professor Henry Holanda Campos, nesta quarta-feira (11), na Reitoria da Universidade. Os diretores foram comunicar ao Reitor o fechamento do acordo com a Unimed-Fortaleza, que garantiu o reajuste de 10% para os contratos dos planos de saúde dos professores sindicalizados.
O presidente do Sindicato informou também ao Reitor que os professores que sindicalizarem-se e aderirem ao plano de saúde Unimed-Fortaleza, durante o mês de outubro, obterão carência zero para consultas e exames.
O Reitor Henry Campos enfatizou a importância da negociação do Sindicato que garantiu um percentual de reajuste “quase 50% menor do que o do ano passado”. Para o Reitor “o ganho é muito bom, principalmente para os professores novos”.