A Adufc-Sindicato, entidade que representa os docentes das universidades federais do Ceará, está mobilizada e participará do grande ato CONTRA O FIM DA APOSENTADORIA E EM DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS, marcado para a próxima quarta-feira (14).
O Sindicato entende que o momento é gravíssimo, principalmente com a onda de ataques aos direitos conquistados pelos servidores públicos e, em particular, aos direitos dos professores das universidades federais promovido pelo governo Temer.
Este governo, por meio do MEC, recentemente ameaçou não cumprir os acordos anteriormente firmados para os reajustes da categoria. Nós não aceitaremos qualquer recuo no que foi acertado em mesa de negociação com representantes das entidades sindicais. A justificativa é a obrigatoriedade do “congelamento” dos gastos públicos, ocasionado pela Emenda Constitucional Nº 95, que proíbe qualquer investimento em saúde, educação, segurança e infraestrutura pelos próximos 20 anos.
Também somos frontalmente contra os cortes perversos que atingiram os orçamentos das universidades públicas. O MEC anunciou cortes drásticos nas verbas de custeio, o que praticamente inviabiliza o funcionamento da máquina administrativa, além de cortar ainda recursos destinados a participação do corpo docente em congressos, seminários e outros eventos importantes para a comunidade docente e científica.
É uma violência a forma pela qual o governo federal vem tratando as universidades públicas, que durante os últimos anos experimentaram uma forte expansão, permitindo o acesso de milhões de jovens ao ensino superior público e gratuito. O objetivo está claro, é entregar a responsabilidade de formar profissionais à iniciativa privada, cujo “mercado educacional” vem disputando com as instituições públicas há muitos anos.
Também somos contra o autoritarismo, bem característico das ditaduras, praticado pelo atual Ministério da Educação do governo Temer. Sem dialogar com os líderes das entidades educacionais, o Ministério da Educação (MEC) promoveu um verdadeiro desmonte do Fórum Nacional de Educação (FNE) e por consequência na Conferência Nacional de Educação (Conae), que seria realizada em 2018.
A intenção do governo em esvaziar o Fórum Nacional de Educação (FNE) foi tentar desarticular as entidades no intuito de enfraquecê-las. Numa reação à decisão extemporânea do ministério de Michel Temer, as entidades integrantes do FNE decidiram abandonar o órgão e compor o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), com ampla representação e participação de todas as entidades egressas do FNE.
Atualmente instalado na sede do Proifes-Federação, o FNPE articula a realização, em 2018, da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), com apoio de todas as entidades, numa ação de resistência e contraponto ao modelo de educação mínimo patrocinado por este governo que não nos representa.
Reiteramos que não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas obtidas pelos professores, alunos e pela sociedade no âmbito do ensino público, gratuito e de qualidade. Também somos intransigentes quanto às nossas conquistas profissionais enquanto categoria de professores. Somos contra a Reforma da Previdência e contra a elevação da contribuição previdenciária.
O nosso Sindicato estará sempre atento e mobilizado para defender os professores ativos e aposentados contra qualquer ataque aos direitos adquiridos às custas de muita luta e mobilização. Venha juntar-se a nós, unidos somos mais fortes!