Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará – ADUFC-Sindicato | Ano 2 • Nr. 37 • 25 março de 2017
Mais de 200 pessoas participam do 4º ciclo de debate sobre educação na ADUFC-Sindicato
Foto: Nyna Sany
O Fórum Estadual de Educação do Ceará (FEE/CE), em parceria com o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC-Sindicato) e a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), realizou na manhã desta sexta-feira (24), o 4º Ciclo de debates sobre os Planos Decenais e Sistema Nacional de Educação, com Genuíno Bordignon, mestre em educação. A palestra contou com mais de 200 pessoas, dentre elas, professores, estudantes da rede básica de ensino, nível superior e técnico, e os demais que fazem parte da educação no Ceará.
Além do palestrante Genuíno Bordignon, participaram da mesa de debate o secretário-geral da ADUFC-Sindicato e coordenador adjunto do FEE/CE, Prof. Enio Pontes; a coordenadora do FEE/CE e professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Prof.ª Ciza Viana; a presidente da comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Dra. Silvania Oliveira; o deputado federal, Chico Lopes; e o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), José Marques Aurélio.
O professor Enio Pontes, explicou a importância de debates com o foco na educação. “Os ciclos de debates realizados pelo Fórum em parceria com a ADUFC e Seduc, são momentos muito importantes, pois dá abertura para os professores e estudantes debaterem sobre os pontos principais da educação. A ADUFC como sindicato dos professores, está de portas abertas para debates como este”, conclui.
Foto: Renê Mendes
A palestra teve como foco principal debater sobre os desafios e resultados das políticas educacionais, utilizando dois eixos temáticos do Art.4º da 3ª Conferência Nacional de Educação.
I – Instituição, democratização, cooperação federativa, regime de colaboração, avaliação e regulação da educação.
IV – Democratização, direitos humanos, justiça social e inclusão.
Para o professor e mestre, Genuíno Bordignon, a questão educacional no Brasil é algo muito mais cultural e histórico que político e momentâneo, e que a mudança deve partir de todos os setores da sociedade. “A educação tem o poder de mudar a realidade das pessoas desse país desde que comece a atuar na cultura que nós temos, e isso é uma função nossa de educadores, estudantes e entidades como os Fóruns nacionais e estaduais de Educação”, explica.
Sobre o palestrante
Genuíno Bordignon, é graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijui), é especializado em Planejamento e Administração de Sistemas Educacionais e mestre em Educação – Administração de Sistemas Educacionais. Foi diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas de Lages, diretor da Secretaria Geral do Conselho Federal de Educação em Brasília, diretor de Apoio Complementar da Fundação de Assistência ao Estudante. Foi consultor do MEC no Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho) – realização de palestras nos encontros estaduais do Pró-Conselho; autor de texto no Caderno Básico e elaboração dos Cadernos “Perfil dos Conselhos Municipais de Educação”, entre outras atribuições.
Foto: Nyna Sany
Fóruns Estaduais de Educação
Os Fóruns Estaduais de Educação são espaços permanentes de participação da sociedade para a formulação e acompanhamento da política educacional. É fundamental que eles sejam representativos, plurais e que busquem a definição consensual de temas apreciados em seu âmbito.
Entre as atribuições destes espaços estão a organização das conferências de educação (etapas que integram as conferências municipais, conferência estadual e a Conferência Nacional de Educação – Conae) e a promoção de debates focados nas políticas educacionais do Brasil.
No Ceará o principal objetivo é a participação no processo de concepção, implementação e avaliação da política estadual de educação básica e superior, defendendo a educação pública de qualidade. Participam do Fórum representantes de várias instituições, entidades e órgãos públicos.
Foto: Nyna Sany
Instituto do Cérebro da UFRN e o futuro da ciência no Brasil são discutidos em palestra na ADUFC-Sindicato
Foto: Renê Mendes
Nesta última quinta-feira (23), a ADUFC-Sindicato em parceria com a Secretaria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no Ceará (SBPC), realizou a palestra ”SoberaniaxDesmonte Científico: a experiência do Instituto do Cérebro da UFRN”, ministrada pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Sidarta Ribeiro. A mediação do evento foi feita pelo professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Armenio Aguiar.
A iniciativa faz parte do Projeto “Ciência, Tecnologia e Cultura em Debate nas Universidades Federais do Ceará”, lançado em março de 2016 com o objetivo de instituir um espaço de debates interdisciplinares e fortalecer a relação da ADUFC-Sindicato com a comunidade acadêmica e a sociedade, tendo a SBPC como elo de ligação dessa ação.
O professor Sidarta Ribeiro falou sobre a experiência de implantação do Instituto do Cérebro da UFRN e como funciona até hoje. Ele destacou que o instituto é um lugar para ”fazer ciência sem nenhum tipo de amarra regional ou nacional, onde tem a participação de professores do Oiapoque ao Chuí”, e que, infelizmente, se não houvesse arrecadação através de recursos financeiros internacionais a instituição não conseguiria se manter.
O palestrante também fez uma avaliação de como está o investimento na área da ciência no país atualmente. Para o professor, a ciência não é apenas um detalhe e o dinheiro para área não pode faltar nunca, pois fazer ciência é caro, mas não fazê-la sai mais caro ainda. ”O que está acontecendo no Brasil é que o povo brasileiro não sabe o que está perdendo com o desmonte da ciência e tecnologia. É tanta coisa ruim acontecendo que não dá para perceber. Mas, e daqui há 20 anos? Vamos sentir as consequência mais na frente.”
O mediador do evento, prof. Armenio Aguiar, agradeceu a presença e a colaboração do cientista para discutir o tema aqui no Ceará. ”O professor Sidarta tem tido uma atuação extremamente importante na conjuntura brasileira atual estando à frente do Instituto do Cérebro. Temos muito a ganhar com seus conhecimentos”, destacou.
Currículo do professor Sidarta Ribeiro
Professor Titular de Neurociências e Diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). É Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (1993), Mestre em Biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994), Doutor em Comportamento Animal pela Universidade Rockefeller (2000) com Pós-Doutorado em Neurofisiologia pela Universidade Duke (2005). Tem experiência nas áreas de neuroetologia, neurobiologia molecular e neurofisiologia de sistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: Sono, sonho e memória; plasticidade neuronal; comunicação vocal; competência simbólica em animais não-humanos; psiquiatria computacional e neuroeducação.
ADUFC-Sindicato realiza primeiro café da manhã dos aposentados de 2017
Foto: Renê Mendes
Dando início a programação das atividades para os sócios aposentados do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC-Sindicato), aconteceu nesta quarta-feira (22), o primeiro café da manhã do ano. Durante o encontro foram apresentadas as propostas de realização de cursos e passeios durante o primeiro semestre de 2017.
O evento contou com a participação da vice-presidente da ADUFC- Sindicato, Profª. Neile Torres de Araújo, do secretário-geral, Prof. Enio Pontes e com a presença de cerca de 40 professores aposentados.
“O café da manhã dos professores aposentados da UFC que acontece na ADUFC, é um evento muito importante, pois é um momento de encontro e confraternização entre esses professores, temos a oportunidade para ‘botarmos os papos’ em dia com os colegas e melhorarmos nossos conhecimentos ao assistirmos as excelentes palestras com temas diversificados que geralmente são ministradas, após o lanche (café da manhã) “, conclui a professora Verbana Vale, aposentada do departamento de farmácia da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Na ocasião, aconteceu a palestra sobre “História da Alimentação Humana”, ministrada pelo Professor Doutor Carlos Couto de Castelo Branco, adjunto IV do setor de estudos de Bromatologia do departamento de Farmácia da FFOE. A palestra teve como principal objetivo discutir a participação dos alimentos no processo de evolução da espécie humana, alimentação na pré-história e evolução dos hábitos alimentares para os tempos atuais e alimentos do futuro.
Além do café da manhã e da palestra os aniversariantes dos meses de janeiro, fevereiro e março foram homenageados pela diretoria.
Foto: Renê Mendes
Reformas ou Auditoria Pública da Dívida: você é a favor de quê?
![[Previdência: Qual a saída?]](http://localhost/adufcantigo/wp-content/uploads/2017/03/WhatsApp-Image-2017-03-24-at-15.41.56.jpeg)
É fato que o Brasil passa por uma grande crise financeira e política que exige uma solução urgente. De um lado, o Governo propõe Reformas que impõem a retirada e a limitação de direitos do cidadão brasileiro. Do outro, a oposição luta para retornar ao poder e incentivar a indústria para a geração de emprego e renda. Mas, no fim das contas, você sabe o que tem sido feito com o dinheiro público? Com o seu dinheiro?
Conhecer com detalhes e apontar irregularidades no uso de recursos e na aplicação do orçamento público: esse é um dos objetivos da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, uma associação sem fins lucrativos. Nesse sentido, recentemente, a entidade lançou uma Campanha por uma Consulta Nacional sobre Reformas e Auditoria da Dívida, cujo objetivo é ouvir a população brasileira acerca das medidas impostas pelo Governo e do seu interesse pela realização de uma ampla Auditoria dos gastos federais, estaduais e municipais.
Você pode participar, tirar dúvidas e dizer o que você pensa! É só acessar o link: www.consultanacional2017.com.br ou se pronunciar por meio de votação em cédulas que estão sendo disponibilizadas pelas centenas de entidades e movimentos sociais que integram a Pesquisa. No Ceará, o Núcleo da Auditoria Cidadã tem o apoio da ADUFC-Sindicato para divulgação e propagação da Consulta Nacional, por meio do secretário-geral e coordenador do Núcleo Estadual, professor Enio Pontes. As cédulas de votação estão disponíveis na Sala de Comunicação do Sindicato, das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira, até o dia 30 de junho.
Para mais informações sobre a votação: (85) 3066.1806
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Acompanhe também o site da Auditoria Cidadã da Dívida Pública por meio do link: www.auditoriacidada.org.br. A entidade é coordenada a nível nacional pela auditora fiscal Maria Lúcia Fatorelli e, no Ceará, a coordenação fica por conta do Prof. Dr. Enio Pontes de Deus, secretário-geral da Adufc-Sindicato.
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Os maiores gastos do Governo Federal: Previdência x Dívida Pública
O governo Michel Temer quer fazer você acreditar que a Previdência Social é uma das grandes causas da crise financeira pela qual o Brasil passa e quer convencer a todos nós de que é preciso sacrificar o trabalhador, o aposentado e o pensionista para manter direitos estabelecidos pela Constituição, como a aposentadoria e o auxílio-doença. O que ele não quer que você saiba é que o real problema do País se chama Dívida Pública: o maior gasto do Governo Federal.
Dentro da execução orçamentária da União no ano de 2016, dos R$2,9 trilhões disponibilizados mais de R$1,3 trilhão foi gasto com juros e amortização da Dívida. Ou seja, mais de 46% dos nossos recursos foram entregues nas mãos de bancos, instituições financeiras e demais detentores dos títulos públicos. Em contraponto, desse mesmo montante, R$572 bilhões foram direcionados à Previdência Social, o que corresponde a menos de 20% do orçamento federal. Uma disparidade diante do discurso do Governo.
Diante destes dados, que podem ser consultados no Sistema Siga Brasil e reafirmados pelo site da Auditoria Cidadã, fica mais do que claro qual o maior impasse da nossa economia: o Sistema (corrupto e desleal) da Dívida Pública Federal. A Previdência não é um problema, mas sim um direito que deve ser mantido e aperfeiçoado.
[O SIGA Brasil é um sistema de informações sobre orçamento público federal, que permite acesso amplo e facilitado aos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira-SIAFI e a outras bases de dados sobre planos e orçamentos públicos. A ferramenta faz parte do Portal do Senado Federal].
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A Falácia do Déficit Previdenciário: essa dívida não é sua!
![[Previdência: Qual a saída?]](http://localhost/adufcantigo/wp-content/uploads/2017/03/WhatsApp-Image-2017-03-22-at-14.41.00.jpeg)
Por meio de uma intensa e onerosa campanha publicitária, o Governo Federal tenta convencer brasileiros e brasileiras de que há um rombo nas contas da Previdência Social e que este déficit deve tomar proporções catastróficas com o real crescimento da população idosa no País. Nas contas da equipe de Michel Temer, essa defasagem ultrapassa os R$ 149 bilhões quando considerado o ano de 2016, mas ele divulga esses dados sem levar em consideração que o setor previdenciário faz parte do Sistema de Seguridade Social – que é superavitário – e que o orçamento de um não pode ser analisado separadamente do outro, como dita o Artigo 195 da Constituição Federal.
De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, em 2015, por exemplo, a Seguridade Social arrecadou mais de R$ 675 bilhões e teve um gasto médio de R$ 652 bilhões, ficando com um superávit de mais de R$ 23 bilhões. No mesmo período, a Previdência Social teve uma arrecadação superior a R$ 364 bilhões e um gasto médio de R$ 436 bilhões, o que leva à falsa sensação de déficit. Falsa sensação, porque a Previdência faz parte do Sistema de Seguridade Social e, por isso, devemos considerar que o sistema previdenciário brasileiro também possui o mesmo superávit de R$ 23 bilhões.
Além disso, o governo desconsidera o montante que o setor previdenciário deixa de arrecadar, anualmente, por conta das isenções e das sonegações fiscais e dos valores que são retirados da Seguridade Social através da Desvinculação das Receitas da União para pagamento dos juros da Dívida Pública.
Não há déficit na Previdência Social e essa dívida não é sua!
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Reforma da Previdência e a Dívida Pública: Qual a ligação?
![[Previdência: Qual a saída?]](http://localhost/adufcantigo/wp-content/uploads/2017/03/WhatsApp-Image-2017-03-22-at-14.40.10.jpeg)
A Reforma da Previdência e a Dívida Pública parecem ser dois temas bem distantes, mas são mais próximos do que você imagina. A verdade é que o governo Michel Temer elaborou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287) que impõe novas regras para a obtenção da aposentadoria e de outros benefícios previdenciários com a justificativa de que há um déficit nas contas da nossa Previdência Social que precisa ser sanado diante do aumento acelerado da população idosa no Brasil, mas um dos reais interesses que está por trás dela é o aumento da arrecadação para pagar os juros da Dívida Pública e o incentivo à migração do trabalhador para a Previdência Privada, transformando a nossa aposentadoria em dinheiro no bolso dos credores da Administração Federal.
O Sistema da Dívida no Brasil é um esquema trilionário – Isso mesmo! O Governo deve, hoje, quase R$ 3 trilhões a bancos, instituições financeiras nacionais e internacionais, pessoas físicas, pessoas jurídicas e entidades públicas e privadas -, o que torna o Orçamento da União refém de juros exorbitantes e que tomam quase 50% dos nossos recursos. E isso só piora! Esses juros aumentam ano após ano, o Produto Interno Bruto cai e eles precisam encontrar outra forma de arrecadar para alimentar a bola de neve que se chama Dívida Pública. Dessa vez, eles querem “penhorar” a sua aposentadoria, aumentando o percentual de contribuição, ampliando a idade mínima e o tempo de contribuição e retirando o direito a licenças e pensões de milhares de pessoas.
Essa é a ligação entre a PEC 287 e a Dívida Pública. Você sabia?
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Jornalistas Responsáveis: Bárbara Magalhães e Larissa Cavalcante | Diagramação: Renê Mendes
