A Reforma da Previdência (PEC 287) tem sido amplamente discutida entre políticos, especialistas e, principalmente, entre os diversos setores da sociedade civil organizada. Analisando o discurso de representantes das mais diferentes classes, podemos ver claramente a quem e quais interesses a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 serve.
Em um discurso visivelmente neoliberal, o gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional das Indústrias, Flávio Castelo Branco, defende a reforma previdenciária de Michel Temer como a grande saída para a crise financeira no Brasil e aponta um excesso de gastos da Administração Pública com auxílios à população, o que ele fixa como 12% do PIB nacional.
Mas ora, o dinheiro público não tem a função de servir aos interesses do cidadão?
A verdade é que, hoje, a União gasta mais de 20% de seu orçamento com o pagamento dos juros da dívida pública, priorizando bancos e demais entidades financeiras. Muitas vezes, esses valores são retirados do Sistema de Seguridade Social por meio de um esquema desproporcional legalizado pelo mecanismo de Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Então, fazendo as contas, são 12% para trabalhadores e aposentados e mais de 20% para bancos e entidades financeiras. Nós, cidadão brasileiros comuns, recebemos menos investimentos do setor público do que a própria iniciativa privada. Por que sacrificar ainda mais a vida do trabalhador e do aposentado? Por que manter as regalias dos grandes empresários?
Como bem defende o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, é preciso “garantir mudanças que protejam quem tem em sua força de trabalho o seu único meio de sustento”. Não podemos aceitar esse retrocesso!
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