A ADUFC-Sindicato participou, na última quinta-feira (26), de debate com o tema: “Previdência Social: Reforma ou Desmonte? ”, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE), que contou com presença de mais de 150 ouvintes. Em uma conclusão unânime os palestrantes explicaram que a Proposta de Ementa Constitucional (PEC) – 287 – da Reforma da Previdência, do governo Temer, é cruel e só trará prejuízos aos trabalhadores.
Vários especialistas foram convidados para debater sobre o retrocesso, caso a proposta do governo Temer seja aprovada, dentre eles: o secretário-geral da ADUFC, profº Enio Pontes; o auditor fiscal da Receita Federal, profº Gilson Menezes; a assistente social do INSS, profª Dra. Evânia Severino, o advogado trabalhista, Vianey Martins.
“A população não sabe, mas existem muitas coisas por trás da reforma da previdência, proposta pelo governo federal, é um esquema financeiro concentrado de riquezas, se acabar a dívida, acaba todo o esquema, no Brasil precisamos se unir e realizar uma auditória pública, ” discute o secretário-geral da ADUFC, coordenador da Auditoria Cidadã da Dívida Pública no Ceará, Enio Pontes. Na ocasião o secretário convidou a diretoria do sindicato para participar das ações de auditoria pública.
Para o profº Gilson Menezes, “a proposta de desmonte da previdência é prejudicial para nos trabalhadores, principalmente no meio rural, pois nos obriga a contribuir por muito mais tempo, e ao final, vamos receber um valor bem menor do que a regra atual”, conclui o auditor fiscal da Receita Federal.
O advogado trabalhista, Vianey Martins, convidou todos presente para que juntos fossem às ruas em defesa de todos os trabalhadores. “Precisamos sair das nossas instituições, caixinhas de trabalho e ir às ruas, não podemos permitir que essa reforma passe pelo Congresso”, concluiu.
Os palestrantes foram acolhidos pelo presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra e o secretário-geral, Túlio Menezes, que se disponibilizaram unificação nas ações de combate aos retrocessos do governo federal.
Ao falar sobre aspecto social, a profª Evânia Severino declarou que “o desmonte da Previdência vai gerar muito mais injustiça e desigualdade social”, declarou a assistente social do INSS.
A Reforma da Previdência para o Servidor Público
Além da ampliação da idade mínima e do tempo mínimo de contribuição, o servidor público federal, estadual e municipal deve passar a contribuir em maior percentual com os seus Regimes de Previdência. Esta contribuição deve passar de 11% para 14%.