Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará – ADUFC-Sindicato | Ano 2 • Nr. 30 • 23 de janeiro de 2017
Plantão Jurídico realiza atendimento em Juazeiro do Norte na próxima quarta-feira (25)
Estará sendo realizado na sede da ADUFC-Sindicato em Juazeiro do Norte, na próxima quarta-feira (25), das 13h às 16h, atendimento aos professores da região do Cariri, para fornecer informações e tirar dúvidas relacionadas à questões jurídicas ou administrativas da atividade docente.
Com o objetivo de facilitar o acesso dos professores à equipe jurídica do Sindicato, desde novembro de 2016 está sendo realizado o Plantão Jurídico mensalmente em Juazeiro do Norte, na sede da ADUFC. A data para consulta em fevereiro ainda será definida.
Serviço
Atendimento Jurídico
Local: Sede da ADUFC-Sindicato em Juazeiro do Norte (Av. Tenente Raimundo Rocha, 2100 – Cidade Universitária)
Horário: 13h às 16h
Mais informações: (85) 99662-7006
Dança de Salão reabre aulas no Espaço Cultural
Foto: Bárbara Magalhães
O projeto de Dança de Salão, promovido pela ADUFC-Sindicato no Espaço Cultural da entidade, retornou suas aulas na última quarta-feira (18).
O curso é aberto aos docentes e funciona toda quarta-feira, das 19h às 20h, com o auxílio do professor de Dança Chocolate, da Escola de Dança Espaço Brasil.
Confira as fotos da 1º aula de 2017: http://migre.me/vUp6E
Foto: Bárbara Magalhães
Educação e Desenvolvimento
*Enio Pontes
Afirmar que a educação desenvolve um papel fundamental na estratégia de desenvolvimento de qualquer sociedade não é exatamente uma novidade. O investimento nesse setor tem provado sucessivamente que é uma opção eficaz para alavancar as economias, sobretudo aquelas ainda dependentes.
Exemplos conhecidos para reforçar essa tese não faltam: a Alemanha, destruída pela II Guerra Mundial, foi reerguida por meio de investimentos maciços na recuperação do sistema educacional básico e das universidades. A Coréia do Sul, nos anos 1950, também saída de um conflito armado, optou por investir os recursos na área educacional e atualmente é um dos países líderes em desenvolvimento tecnológico e inovação.
Mais recentemente, nos anos 1990, Hong Kong, Taiwan e Singapura, também aportaram quantias significativas, destinadas à educação, capacitação e qualificação profissional, o que representou um avanço extraordinário no processo de industrialização desses países, tornando-se referências mundiais. Não há segredo, investir em educação será sempre uma das melhores e mais importantes escolhas de qualquer sociedade que deseje desenvolver-se de forma permanente e sustentável.
No Brasil, a visão do desenvolvimento ligado à educação nunca foi prioritária. Apesar do esforço pontual de governos anteriores, ainda não temos a educação no nosso país como uma estratégia de desenvolvimento. Os robustos argumentos que apontam para a educação como mecanismo indutor de riqueza ainda não sensibilizaram as autoridades brasileiras que, historicamente, preferem outras “prioridades” ao investimento no setor.
Todavia, é importante ressaltar que a tomada de decisão por uma política nacional que privilegie os recursos na área educacional parte do convencimento e da vontade política dos governantes. Resgato, por justiça, o ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, cuja bandeira política sempre foi a educação como centro de suas ações de governo. Foi Brizola quem primeiro defendeu o modelo de educação integral, que hoje é usado como discurso por quase todos os governantes quando o assunto é educação.
Também não posso deixar de reconhecer que houve alguns avanços importantes, ainda que tenham sido na base de muito debate e luta, principalmente por parte de professores e educadores. A Constituição Federal determina que 18% das receitas líquidas dos impostos sejam destinados ao setor. Essa determinação também vale para estados e municípios. Infelizmente, muitos desses recursos deixam de ser aplicados e, quando são, uma parte significativa é desviada ou malversada.
Não é possível falar em crescimento, inovação, desenvolvimento tecnológico sem ter a educação como estratégia e prioridade nas ações de governo e também nas ações de iniciativa privada. Por tudo que já coloquei, parece ter ficado evidente que há uma relação próxima entre a geração de riqueza, o desenvolvimento econômico e social e a educação. Na verdade, o Brasil possui todas as condições necessárias para integrar o seleto grupo dos países em desenvolvimento que optaram pela educação como polo indutor de crescimento, mas, para isso, é preciso que haja uma conscientização e um compromisso real dos governos, sociedade civil organizada e da iniciativa privada para permitir que as políticas educacionais tornem-se, de fato, a razão de crescimento do nosso país.
*Enio Pontes de Deus é professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), secretário-geral da ADUFC-Sindicato e coordenador do Fórum Estadual de Educação (FEE).
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